Com status livre de aftosa sem vacina, MS mira novos mercados asiáticos

Estado recebeu oficialmente o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação e quer usar o reconhecimento para ampliar presença no mercado asiático

Por Redação
31/07/2025 17h30 - Atualizado há 2 semanas
Com status livre de aftosa sem vacina, MS mira novos mercados asiáticos
(Créditos: Reprodução)
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O reconhecimento de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela OMSA, será um destaque na missão do governador Eduardo Riedel à Ásia, com foco na expansão dos mercados para a produção local. A certificação, resultado de 20 anos de investimento em controle sanitário, abre novas oportunidades de exportação, especialmente para carne bovina, beneficiando também a suinocultura. Com o intuito de atrair investimentos e parcerias, a missão visitará Índia, Japão e Singapura para promover os produtos sul-mato-grossenses.

O reconhecimento internacional de Mato Grosso do Sul como área livre de febre aftosa sem vacinação chega em um momento estratégico e será uma das principais credenciais levadas pelo governador Eduardo Riedel em missão à Ásia, marcada para a próxima semana. O objetivo é ampliar a inserção da produção sul-mato-grossense em mercados externos e apoiar a internacionalização de empresas locais.

O certificado foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em maio, durante cerimônia em Paris. Nesta semana, o documento foi oficialmente entregue ao governador pelo diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold, e pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, em agenda na Governadoria realizada na quarta-feira (30), em Campo Grande.

“A gente fica muito feliz pois isso aqui abre mercados para o Mato Grosso do Sul. Vamos em breve para a Ásia e um dos focos tem relação com esse certificado. Novos mercados estão abertos para a carne brasileira e o nosso Estado tem muito interesse neles. Vamos lá explorar esses mercados e apoiar nossas empresas, especialmente nesse momento em que a situação com os Estados Unidos está sob tensão, indefinida. É mais uma razão para a gente buscar esses mercados internacionais, em especial à Ásia”, afirmou o governador.

A conquista foi resultado de duas décadas de trabalho e investimentos superiores a R$ 250 milhões em estrutura e tecnologia voltadas à rastreabilidade e ao controle sanitário da carne produzida no Estado. “É uma conquista do pessoal da Iagro, do produtor rural, de todo o Estado. Todos têm o mesmo objetivo, garantir a qualidade sanitária de nossa carne”, reforçou Riedel.

Com o novo status sanitário, Mato Grosso do Sul ganha força no cenário internacional. Em 2024, o Estado exportou US$ 1,278 bilhão em carne bovina. Já no primeiro quadrimestre de 2025, o valor ultrapassou os US$ 510 milhões. Os principais destinos são China, Estados Unidos e Chile — mercados que tendem a ser ainda mais valorizados com a certificação.

Além da pecuária bovina, o novo cenário deve beneficiar a suinocultura, com possibilidade de entrada em mercados antes restritos a outros estados, como o Japão. Segundo o secretário Jaime Verruck, o Estado passa por uma transformação significativa. “Passamos de um modelo de defesa baseado na vacinação para um sistema baseado em vigilância ativa e inteligência sanitária. Isso amplia nossas possibilidades comerciais e consolida nossa credibilidade internacional”, destacou.

Para alcançar esse reconhecimento, a Iagro realizou uma série de melhorias, como a modernização do sistema de rastreamento (eSaniagro), a implantação da Sala de Controle e Operações, contratação de fiscais e renovação da frota de veículos. Com a certificação oficializada e a liberação do trânsito de animais em todo o território nacional, Mato Grosso do Sul assume protagonismo na nova fase da pecuária brasileira.

A missão internacional liderada por Riedel terá como destinos Índia, Japão e Singapura. Ao lado do secretário Jaime Verruck e do secretário-adjunto da Semadesc, Artur Falcette, o governador apresentará o potencial produtivo do Estado, buscando não apenas abrir mercados para a carne e outros produtos sul-mato-grossenses, mas também atrair investimentos e estabelecer parcerias tecnológicas voltadas à agroindustrialização e à competitividade.


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