Animais resgatados e reabilitados no CRAS voltam a viver livres no Pantanal

Pacas, tucanos e macacos-prego foram devolvidos à natureza após cuidados no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em ação que fortalece a conservação no bioma

Por Redação
23/07/2025 11h45 - Atualizado há 3 semanas
Animais resgatados e reabilitados no CRAS voltam a viver livres no Pantanal
(Créditos: Divulgação)
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Em julho de 2025, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), junto ao projeto Onçafari, realizou ações para reintegração de animais silvestres ao Pantanal, incluindo a soltura de pacas e a aclimatação de tucanos-toco resgatados do tráfico. O monitoramento de macacos-prego, utilizando tecnologia inovadora, também teve início, visando avaliar sua adaptação. A gestora do CRAS, Aline Duarte, destacou a importância da liberdade recuperada para esses animais, enquanto o diretor-presidente do Imasul, André Borges, enfatizou o compromisso do Governo do Estado com a conservação da biodiversidade.

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), por meio do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), promoveu em julho de 2025 uma série de ações para reintegrar animais silvestres ao bioma Pantanal. Realizadas em parceria com o projeto Onçafari, as atividades incluíram solturas, aclimatação e o início do monitoramento de espécies reabilitadas na Reserva Santa Sofia, em Aquidauana.

Entre os animais soltos estão quatro pacas, que, após um processo minucioso de reabilitação, retornaram à natureza. Cada uma deixou o recinto em passos cautelosos, como se reconhecesse o caminho de volta ao habitat.

Na mesma reserva, onze tucanos-toco (Ramphastos toco), resgatados do tráfico de fauna silvestre, foram encaminhados ao recinto de aclimatação para aves. Eles permanecem sob observação até estarem plenamente aptos a voar livres novamente.

Outro destaque foi o início do monitoramento de macacos-prego (Sapajus libidinosus) com colares VHF — tecnologia inédita no CRAS. Os primatas estavam em processo de aclimatação desde março deste ano e serão acompanhados após a soltura, o que permitirá avaliar sua adaptação ao ambiente natural.

"Ver esses animais voltarem à natureza é um presente. São histórias de superação. Muitos chegaram aqui debilitados, sem perspectiva. Hoje, voltam a viver o que sempre foi deles por direito: a liberdade", destacou a gestora do CRAS, Aline Duarte.

A Reserva Santa Sofia, local das ações, é administrada pelo Onçafari e abriga um espaço de reabilitação voltado a diversas espécies pantaneiras, como onças-pintadas, araras, antas, aves de rapina, ungulados e primatas.

"Cada soltura é uma vitória. É como apagar, pouco a pouco, as marcas da violência sofrida por esses animais. Trabalhamos todos os dias para que eles tenham uma nova história — desta vez, escrita na liberdade da natureza", afirmou a médica-veterinária do CRAS, Jordana Toqueto.

Para o diretor-presidente do Imasul, André Borges, as ações refletem o compromisso estadual com a conservação. "Essas ações representam o compromisso do Governo do Estado com a conservação da biodiversidade. O trabalho técnico do Imasul, aliado a parcerias, garante que os animais possam ter uma nova chance de viver em liberdade, cumprindo seu papel ecológico no ambiente natural", ressaltou.

Essas histórias, construídas com dedicação, ciência e empatia pela equipe do Imasul, mostram que a conservação vai além dos números: transforma vidas e renova a esperança da fauna pantaneira.


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