MS aprova planos de contingência para enfrentar desastres provocados por chuvas e incêndios florestais

Resoluções estabelecem protocolos integrados de resposta rápida para emergências em saúde pública

Por Redação
24/07/2025 06h05 - Atualizado há 3 semanas
MS aprova planos de contingência para enfrentar desastres provocados por chuvas e incêndios florestais
(Créditos: Divulgação)
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O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou resoluções para enfrentar desastres como chuvas intensas, seca e incêndios florestais, elaboradas pela SES. As medidas incluem a criação de protocolos de resposta em saúde pública que integram saúde humana, animal e ambiental. A coordenadora Danila Frias destacou que a estratégia melhora a capacidade de resposta em emergências, enquanto Paula Cannazzaro ressaltou o foco na vigilância e mitigação dos riscos à saúde. Os planos contemplam ações específicas tanto em situações de emergência quanto em crises, visando proteger a população e garantir uma resposta eficaz.

O Governo de Mato Grosso do Sul publicou, nesta terça-feira (22), duas resoluções no Diário Oficial do Estado com medidas para enfrentar desastres provocados por chuvas intensas, seca, estiagem e incêndios florestais. Os planos foram elaborados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da Coordenadoria de Saúde Única em parceria com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica.

As resoluções estabelecem protocolos de resposta rápida em emergências de saúde pública, baseados no conceito de Saúde Única — abordagem que integra os impactos na saúde humana, animal e ambiental.

Para Danila Frias, coordenadora de Saúde Única da SES, a estratégia garante proteção integrada. “Essa estratégia fortalece a atuação intersetorial, antecipa riscos e amplia a capacidade de resposta diante de emergências como enchentes, incêndios e surtos de doenças. Com planejamento, conseguimos agir de forma mais rápida, coordenada e eficaz, preservando vidas e reduzindo impactos”, avaliou.

Segundo Paula Cannazzaro, gerente do Programa Vigidesastres, vinculado à Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica, o setor oferece suporte técnico e normativo para reforçar a capacidade de resposta. “O programa Vigidesastres, do Ministério da Saúde, atua na vigilância e redução do impacto dos desastres na saúde da população. Nosso foco é antecipar e mitigar os riscos à saúde, seja em períodos de intensas chuvas, com doenças como leptospirose, ou em épocas de estiagem e incêndios florestais, que podem agravar doenças respiratórias e de pele. Nosso objetivo é fortalecer os planos de contingência integrando as ações das diversas áreas da vigilância em saúde. Trabalhamos em conjunto com as secretarias municipais para identificar e proteger as populações e municípios mais vulneráveis, garantindo que o Estado esteja preparado para responder rapidamente a qualquer desastre”, enfatizou.

Plano de contingência para chuvas intensas

O documento define ações em situações de emergência e crise, como enchentes e inundações:

Em situação de emergência:

• Implantação do COE (Comitê de Operação de Emergência) específico para chuvas;

• Notificação do desastre aos sistemas nacionais de vigilância;

• Articulação com os municípios para organizar ações de saúde em abrigos;

• Reforço na vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental;

• Verificação da qualidade da água para consumo humano;

• Solicitação de kits de medicamentos ao Ministério da Saúde, quando necessário.

Em situação de crise:

• Apoio aos municípios na reabilitação de unidades de saúde danificadas;

• Emissão de boletins informativos diários;

• Monitoramento contínuo de doenças como leptospirose e DTHA (Doenças Transmitidas por Água);

• Apoio psicológico às vítimas e profissionais de saúde;

• Avaliação pós-desastre para ajustes nos procedimentos.

• Plano de contingência para seca, estiagem e incêndios florestais

• Voltado ao enfrentamento de longos períodos de seca e incêndios, o plano define:

Plano de contingência para seca, estiagem e incêndios florestais
 

O plano estabelece diretrizes a eventos como incêndios e longos períodos de estiagem, com foco na garantia do acesso à água potável, controle de doenças respiratórias e apoio à saúde das populações atingidas.

Em situação de emergência:

• Ativação do COE específico para seca e incêndios;

• Notificação dos desastres e alimentação de sistemas de vigilância;

• Apoio aos municípios na gestão de abrigos e recursos de saúde;

• Monitoramento da qualidade da água e riscos à saúde humana;

• Solicitação de kits de medicamentos ao Ministério da Saúde.

Em situação de crise:

• Emissão de boletins de situação em saúde pública;

• Articulação com instituições parceiras;

• Reforço na vigilância epidemiológica e resposta aos agravos;

• Avaliação da necessidade de envio de equipes e insumos adicionais.


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