A segunda safra de milho 2024/2025 em Mato Grosso do Sul teve um aumento expressivo na produtividade, subindo de 67,05 para 108,4 sacas por hectare, totalizando 13,9 milhões de toneladas, um avanço de 64,8%. A área plantada foi de 2,1 milhões de hectares, com crescimento modesto de 1,9%. Regiões como o Norte do estado apresentaram as melhores médias de produtividade, e municípios como Alcinópolis e Chapadão do Sul se destacaram. O bom desempenho é atribuído ao uso de tecnologia, planejamento e condições climáticas favoráveis.
A segunda safra de milho 2024/2025 trouxe resultados expressivos para o agronegócio de Mato Grosso do Sul. De acordo com dados do projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS em parceria com o Governo do Estado, a produtividade média saltou de 67,05 para 108,4 sacas por hectare, o que representa aumento de 61,7%. A produção total atingiu 13,9 milhões de toneladas, avanço de 64,8% em relação à safra anterior. A área plantada, por sua vez, somou 2,1 milhões de hectares, com crescimento de apenas 1,9%, reforçando a eficiência produtiva das propriedades rurais.
O levantamento de campo da Aprosoja/MS, realizado entre maio e outubro, acompanhou 1,3 mil propriedades, percorreu 29,8 mil quilômetros e registrou 34,2 mil pontos de GPS, cobrindo 1,2 milhão de hectares. A Região Norte concentrou as melhores médias de produtividade, sendo responsável por 11% da área total plantada no estado. Os destaques ficaram com os municípios de Alcinópolis (173,79 sc/ha), Chapadão do Sul (167,08 sc/ha), Costa Rica (163,38 sc/ha), São Gabriel do Oeste (157,07 sc/ha) e Paraíso das Águas (146,6 sc/ha).
Outros municípios também superaram a média estadual e contribuíram significativamente para os bons resultados: Brasilândia, Cassilândia, Paranaíba, Selvíria, Rio Negro, Pedro Gomes, Sonora, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo, Bandeirantes, Camapuã, Douradina, Maracaju, Santa Rita do Pardo, Três Lagoas, Aral Moreira, Coxim, Rio Brilhante, Itaporã e Sidrolândia.
A distribuição da produção ficou concentrada em polos estratégicos. Maracaju lidera o ranking de área cultivada, com 267,4 mil hectares e 1,84 milhão de toneladas produzidas. Em seguida aparecem Sidrolândia (180,9 mil ha e 1,18 milhão de toneladas), Ponta Porã (177,1 mil ha e 1,13 milhão de toneladas) e Dourados (175,6 mil ha e 1,11 milhão de toneladas). Juntas, essas quatro cidades respondem por 36% de todo o milho colhido no estado.
Para o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flavio Aguena, o desempenho positivo reflete a soma de tecnologia e planejamento no campo. “Apesar de registros pontuais de falta de chuva e ocorrência de geada, no geral, o clima foi muito favorável em momentos cruciais do desenvolvimento do milho. Aliado à isso, a adoção de planejamento estratégico, com análise climática, escalonamento de semeadura, cultivares apropriadas e irrigação trouxe mais segurança para o campo e colaborou para o incremento de produtividade que tivemos.”
O plantio da segunda safra foi finalizado em abril, com pequeno atraso em relação ao cronograma ideal, mas ainda dentro da janela climática favorável. Já a colheita terminou em setembro, cerca de duas semanas após o ciclo anterior.
De acordo com o histórico agrícola do estado, esta é apenas a segunda vez em dez anos que a produtividade média supera 100 sacas por hectare. O último registro semelhante ocorreu em 2023, quando Mato Grosso do Sul produziu 14,2 milhões de toneladas em 2,3 milhões de hectares.