Mato Grosso do Sul avança no plantio da soja e acompanha tendência de expansão nacional

MS registra avanço no plantio, enquanto especialistas alertam para desafios climáticos e fitossanitários

Por Redação
14/10/2025 17h21 - Atualizado há 1 dia
Mato Grosso do Sul avança no plantio da soja e acompanha tendência de expansão nacional
(Créditos: Reprodução)
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Com o término do vazio sanitário, a semeadura da soja inicia a safra 2025/2026 no Brasil, prevendo-se um aumento de 3,6% na produção, totalizando 177,67 milhões de toneladas. O crescimento é impulsionado pela demanda interna e externa, especialmente da China, e pelo aumento da área plantada. No entanto, a produtividade enfrenta desafios como pragas, variações climáticas e custos elevados. A ORÍGEO tenta apoiar os produtores em todas as fases do cultivo, oferecendo soluções para maximizar o potencial da soja.

Com o fim do vazio sanitário em grande parte do país, a semeadura da soja avança e marca o início da safra 2025/2026. A produção brasileira tem crescimento projetado de 3,6%, com estimativa de 177,67 milhões de toneladas, frente à colheita de 171,47 milhões de toneladas no ciclo anterior, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O aumento é impulsionado pela expansão da área plantada e pelos avanços tecnológicos aplicados à cultura, embora fatores como variações climáticas, incidência de pragas e questões logísticas ainda representem desafios à produtividade.

“Esse crescimento da área de soja está relacionado ao aumento da demanda pelo grão. De um lado, há o mercado interno, que precisa de mais soja para processamento e esmagamento, já que a produção de biodiesel ganhou força com a elevação da mistura no diesel, que passou de 14% para 15%. De outro, o mercado externo continua aquecido, principalmente pela forte procura da China por farelo de soja, usado na alimentação animal, o que reforça ainda mais a pressão por expansão”, destaca Manoel Álvares, gerente de inteligência da ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL especializada em soluções sustentáveis e gestão integrada para o Cerrado.

O vazio sanitário da soja chegou ao fim na maioria das regiões produtoras. No MATOPIBAPA, o calendário foi definido da seguinte forma: no Maranhão (Região I) e no Tocantins, o plantio começou em 1º de outubro; no Piauí (Região I), será permitido a partir de 1º de dezembro; na Bahia (Região I), iniciou-se em 8 de outubro; e no Pará (Região I), foi autorizado em 16 de setembro.

Em Mato Grosso do Sul, dados do Projeto SIGA-MS mostram que, até o dia 3 de outubro, a área plantada chegou a 3,9%, o equivalente a aproximadamente 187 mil hectares. A região sul lidera o avanço, com 5,8% de média, seguida pela região centro, com 1,2%, e pela região norte, com 0,1% da área semeada.

No Mato Grosso, o vazio sanitário ocorreu entre 8 de junho e 6 de setembro, com o plantio autorizado de 7 de setembro de 2025 a 7 de janeiro de 2026. Já em Rondônia, o período de restrição foi de 10 de junho a 10 de setembro, e a semeadura começou em 11 de setembro de 2025.

Desafios do novo ciclo

“O sucesso da safra depende de atenção e planejamento. Estamos entrando no ciclo da soja 2025/2026 e vários fatores podem comprometer o resultado final. Além de pragas e doenças, o produtor enfrenta desafios, como irregularidade das chuvas, estiagens localizadas, concorrência por insumos e aumento de custos de produção”, explica o especialista.

“As plantas daninhas, como a buva e o capim pé-de-galinha, por exemplo, competem com a soja por água, luz e nutrientes, dificultando o desenvolvimento da lavoura. Os fungos também exigem cuidado. A ferrugem-asiática pode causar terríveis prejuízos, se não for corretamente controlada, assim como outras doenças emergentes, que têm desafiado o manejo tradicional”, complementa.

Outro ponto destacado por Manoel são as deficiências nutricionais, que também comprometem o rendimento das lavouras. “A falta de fósforo pode limitar o enraizamento e a formação inicial da planta, enquanto a falta de potássio compromete o enchimento dos grãos e deixa a lavoura mais vulnerável a doenças. Esses problemas destacam os desafios do manejo integrado, que exige monitoramento constante e estratégias adaptativas frente a condições variáveis de solo e clima”, explica Manoel.

Segundo ele, o trabalho da ORÍGEO nas regiões do MATOPIBAPA, Mato Grosso e Rondônia busca apoiar o produtor em todas as etapas da produção. “Nas regiões onde atuamos – MATOPIBAPA, Mato Grosso e Rondônia –, oferecemos soluções de ponta a ponta que apoiam o produtor em todas as etapas, ajudando a explorar ao máximo o potencial da lavoura”, conclui.


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