Zoneamento Agroecológico de MS será detalhado em encontros técnicos da Semadesc e Embrapa

Documento orienta o uso sustentável do solo e será disponibilizado em plataforma digital do PronaSolos

Por Redação
08/10/2025 07h12 - Atualizado há 2 horas
Zoneamento Agroecológico de MS será detalhado em encontros técnicos da Semadesc e Embrapa
(Créditos: Divulgação)
Resumo IA | MSConecta Tudo que você precisa saber — de forma rápida.
Ver agora

A versão final do Zoneamento Agroecológico de Mato Grosso do Sul será apresentada em eventos da Semadesc nesta semana, em Campo Grande e Dourados. O estudo, que analisa solo, vegetação e aptidão agrícola, foi desenvolvido através da coleta de 3 mil amostras em várias regiões do estado e resulta em um diagnóstico sobre o potencial produtivo e limitações ambientais. Com três etapas de pesquisa e mapas que indicam reservas, o zoneamento ajudará na identificação de zonas agroecológicas e na promoção de práticas agrícolas sustentáveis. O material completo ficará disponível no portal do PronaSolos e da Semadesc.

A versão final do Zoneamento Agroecológico sul-mato-grossense, estudo técnico que reúne informações detalhadas sobre o solo, a vegetação, a capacidade hídrica e a aptidão agrícola do Estado, será apresentada nesta semana em evento promovido pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

A reunião técnica será realizada nesta quinta-feira (9), das 8h às 11h, no auditório da Famasul, em Campo Grande. No dia seguinte, sexta-feira (10), o mesmo conteúdo será apresentado na Embrapa Agropecuária Oeste, localizada na BR-163, Km 253,6, em Dourados.

Os encontros têm foco técnico e são voltados a dirigentes de órgãos públicos, entidades, instituições, técnicos e produtores rurais. O estudo baseia-se na coleta de amostras de 3 mil pontos do solo em diferentes regiões de Mato Grosso do Sul. As amostras foram analisadas nos laboratórios da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro, e da Esalq/USP, em Piracicaba (SP), para identificar as propriedades químicas e físicas do solo.

Além da coleta, o levantamento incluiu abertura de perfis e testes de infiltração de água, resultando em um diagnóstico detalhado sobre o potencial produtivo e as limitações ambientais do Estado.

O trabalho foi dividido em três etapas: a primeira contemplou 11 municípios, a segunda 22 e a terceira 46. A planície pantaneira não foi incluída no estudo por se tratar de uma área de preservação ambiental. Os mapas também indicam as reservas públicas e particulares.

Com base nas informações obtidas, o zoneamento permite identificar zonas agroecológicas, disponibilidade hídrica, fragilidades ambientais e aptidão agrícola para diferentes culturas, como arroz, trigo, milho, soja, aveia, girassol, amendoim, sorgo e cana-de-açúcar.

De acordo com o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, o estudo representa um marco técnico para o Estado. “O zoneamento agroecológico é um instrumento técnico de grande importância para garantir o uso correto do solo, afastar riscos de degradação ambiental e elevar a eficiência da agricultura”, afirmou.

O material completo ficará disponível na plataforma tecnológica do PronaSolos, programa da Embrapa Solos, hospedado no portal do Ministério da Agricultura, com acesso também pelos sites da Semadesc e do Governo do Estado. As informações serão integradas à plataforma MS em Mapas e a um aplicativo com acesso off-line, facilitando o uso por técnicos e produtores em campo.


Notícias Relacionadas »