O programa Ilumina Pantanal, que leva energia renovável para famílias em áreas isoladas de Mato Grosso do Sul, foi premiado como boa prática nacional pela FGV Energia durante o I Congresso Brasileiro de Minas e Energia, realizado em Brasília (DF).
A premiação aconteceu na noite de segunda-feira (22) e foi entregue ao diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto dos Santos, e à diretora-presidente da MSGás, Cristiane Junqueira, que representou o Governo do Estado na solenidade.
A seleção foi conduzida pela FGV Energia com critérios técnicos e rigorosa análise. Criado em 2021 pela Energisa, em parceria com os governos estadual e federal, o Ilumina Pantanal já transformou a vida de 2.975 famílias, que passaram a ter acesso à energia elétrica limpa e sustentável.
Além das residências, o projeto contemplou 6 escolas, impactando cerca de 300 crianças, e promoveu a doação de mais de 650 geladeiras. Com investimento de R$ 210 milhões, a iniciativa levou energia solar a comunidades em regiões remotas do Pantanal, preservando a fauna e a flora locais.
A instalação de placas fotovoltaicas possibilitou o fornecimento contínuo de energia, trazendo avanços para a qualidade de vida, educação e cidadania das famílias atendidas.
Sustentabilidade e inclusão
Com resultados expressivos, o programa evitou a emissão de 180 toneladas de CO₂ por ano, integrou-se ao Programa de Eficiência Energética e alcançou reconhecimento internacional em 2021, ao conquistar o 1º Prêmio Solar & Storage Live Awards, na categoria inovação em geração solar.
Para o diretor-presidente da Energisa, o impacto vai além dos números. “Na semana passada tive a oportunidade de estar com a minha equipe na região da Barra do São Lourenço, onde pudemos vislumbrar uma mudança muito positiva para as comunidades. Na escola Escola Estadual João Quirino de Carvalho - Toghopanãa, localizada na Aldeia guató Uberaba, encontramos a turma dos adolescentes estudando em um laboratório de informática, com ventiladores e em um ambiente muito confortável. Tudo isso só foi possível com a chegada da energia elétrica, algo que nos enche os olhos e o coração, por saber que fazemos parte dessa história”, afirmou Paulo Roberto.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou o reconhecimento do projeto. “O Governo tem uma linha muito bem definida do MS renovável. O nosso grande foco é a geração de energia renovável, sempre olhando para o projeto Carbono Neutro 2030. O projeto Ilumina Pantanal foi reconhecido como o melhor projeto de energia solar em áreas isoladas do mundo. Então veja, o Ilumina foi uma solução de política pública, juntamente com a Energisa e o Governo Federal, que foi uma ideia até o momento inédita. Então é uma forma da gente conseguir levar cidadania a estas pessoas através da energia elétrica. Isso é fundamental e houve um reconhecimento nacional e internacional sobre como podemos dar esta dignidade a todas as pessoas no Pantanal, através de sistemas renováveis de energia elétrica e alto pacote tecnológico”, concluiu.