Safra de milho em MS bate recorde com 14,2 milhões de toneladas produzidas

Condições climáticas favoráveis e avanço tecnológico garantiram salto de produtividade

Por Redação
04/09/2025 11h46 - Atualizado há 16 horas
Safra de milho em MS bate recorde com 14,2 milhões de toneladas produzidas
(Créditos: Divulgação)

Mato Grosso do Sul registrou a maior safra de milho de sua história, alcançando 14,2 milhões de toneladas produzidas, segundo dados do Projeto SIGA-MS divulgados em 2 de setembro. O volume representa um crescimento de 68,2% em relação ao ciclo anterior e supera a projeção inicial de 10,1 milhões de toneladas.

Mesmo com a área cultivada praticamente estável, totalizando 2,1 milhões de hectares, o salto na produtividade foi decisivo para o recorde. A média chegou a 112,7 sacas por hectare, alta de 68,1% em comparação à última safra. O resultado foi impulsionado por condições climáticas favoráveis nas fases críticas da cultura, semeadura dentro da janela ideal, avanços tecnológicos e boas práticas de manejo adotadas pelos produtores.

De acordo com o boletim, 78,1% das lavouras foram classificadas como “boas”, 15,3% como “regulares” e apenas 6,6% como “ruins”. A maior parte do plantio ocorreu entre fevereiro e março, beneficiando o desenvolvimento das plantas em abril, mês marcado por chuvas na medida certa.

Apesar do cenário positivo, especialistas recomendam cautela, já que a colheita ainda não foi concluída. Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja/MS, destacou pontos de atenção sobre os resultados até agora.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, atribuiu o recorde às boas condições climáticas e ao uso estratégico das áreas de cultivo. “Superamos os 14 milhões de toneladas do grão. Isso é importante pois temos uma elevada demanda interna, atração de investimentos, na área de etanol de milho com crescimento do setor de proteína animal que também tem aumentado o consumo. Então o MS tem plenas condições hoje com estes 14 milhões de toneladas para ofertar tanto para as empresas locais e ainda será possível exportar para outros estados do País que são demandantes do milho, como o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”.

Ele ressaltou ainda que o milho ocupou aproximadamente 45% da área destinada à soja no Estado. “Isso gera uma oportunidade para MS que a gente busca desenvolver, que é inserir outras culturas que possam usar a área da soja, além de mais investimentos que deverão vir para o etanol de milho no Estado, diante da oferta de matéria-prima”, acrescentou.


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