MS recebe antídoto raro para intoxicação por metanol

Mato Grosso do Sul recebeu 20 doses do antídoto, que evita complicações graves como insuficiência renal

Por Redação
13/10/2025 13h39 - Atualizado há 3 horas
MS recebe antídoto raro para intoxicação por metanol
(Créditos: Reprodução)
Resumo IA | MSConecta Tudo que você precisa saber — de forma rápida.
Ver agora

Mato Grosso do Sul recebeu 20 doses do fomepizol, um antídoto raro para intoxicação por metanol, enviado pelo Ministério da Saúde. Ninguém precisou do antídoto até agora no estado, mas ele é uma alternativa eficaz ao etanol farmacêutico. O medicamento, classificado como "órfão", é limitado e caro, e o Brasil planeja adquirir mais 5 mil doses nos próximos dois anos. A administração é feita com base em critérios clínicos, e o suporte especializado é oferecido pelo CIATox.

Mato Grosso do Sul recebeu, na última sexta-feira (10), 20 doses de fomepizol, um antídoto considerado raro para casos de intoxicação por metanol. As unidades foram enviadas pelo Ministério da Saúde, que havia recebido, na quinta-feira (9), no Aeroporto de Guarulhos (SP), uma remessa com 2,5 mil doses do medicamento.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que os estados poderão solicitar novas remessas conforme a necessidade e o registro de casos suspeitos ou confirmados.

“Até o momento, não foi necessário administrar o antídoto em nenhum paciente em Mato Grosso do Sul. O Fomepizol representa uma alternativa ao tratamento já realizado com etanol farmacêutico, apresentando alta eficácia e segurança. O medicamento impede a conversão do metanol em ácido fórmico, prevenindo complicações graves como acidose metabólica e insuficiência renal”, explicou a SES.

A aplicação do antídoto é indicada com base em critérios clínicos e laboratoriais, definidos pelos profissionais de saúde. A secretaria também destacou que informações técnicas e orientações sobre a condução dos casos devem ser obtidas junto ao CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), responsável pelo suporte especializado e acompanhamento dos atendimentos.

Antídoto raro e caro

O fomepizol é um medicamento de uso restrito e fabricado em pequena escala no mundo todo, classificado como um “medicamento órfão”, destinado a situações muito específicas. O Brasil deve adquirir mais 5 mil unidades para manter o tratamento disponível pelos próximos dois anos.

Em casos graves, cada paciente pode precisar de até quatro doses do remédio, aplicadas por via intravenosa, conforme o peso e a gravidade da intoxicação. Enquanto o novo antídoto começa a ser distribuído, os hospitais seguem utilizando o etanol farmacêutico, que também atua contra o metanol, mas requer aplicação médica e monitoramento constante.


Notícias Relacionadas »