O terceiro e último bloco de modalidades dos Jogos da Juventude 2025 foi concluído nesta quinta-feira (25), encerrando a participação da delegação sul-mato-grossense com 35 medalhas – sendo 11 de ouro, 8 de prata e 16 de bronze. Com o resultado, Mato Grosso do Sul garantiu o 6º lugar no ranking geral da competição nacional. Nesta etapa final, disputaram atletas de badminton, ginástica rítmica, judô, taekwondo, handebol e voleibol.
A equipe de MS contou com 215 integrantes, entre atletas, técnicos e dirigentes, representando 23 municípios. A delegação foi organizada e coordenada pelo Governo do Estado, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura). O evento, realizado em Brasília, foi promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
No handebol, a equipe feminina conquistou o ouro na 3ª divisão, enquanto a masculina garantiu o bronze na 2ª divisão. No voleibol, a equipe feminina ficou com a prata na 2ª divisão, resultado que garante acesso à 1ª divisão em 2026. Já o judô somou cinco medalhas ao quadro estadual.
No badminton, a dupla Anthony Falcão e Paulo André conquistou o ouro na 2ª divisão por duplas. Aos 16 anos, Anthony relatou como conheceu a modalidade e descreveu a rotina de treinos que o levou ao pódio. “Eu comecei na escola por curiosidade no esporte. Eu olhei as pessoas praticando e quis jogar um pouco e a minha rotina de treinos é bem puxada, eu estudo de manhã cedo até meio-dia, saio da escola, passo em casa, aí eu começo a treinar as partidas às três horas da tarde. Eu treinei muito, então já imaginava que iríamos conseguir ganhar a medalha.”
Na ginástica rítmica (2ª divisão), a atleta Ana Júlia Borges Nantes, de 13 anos, foi um dos destaques. Ela conquistou prata nos aparelhos maças e bola, bronze no individual geral e ainda recebeu o prêmio de melhor artístico.
Ana Júlia falou sobre sua trajetória até a competição. “Comecei a fazer ginástica com 5 anos quando uma amiga da escola fazia e me interessei em fazer uma aula experimental. Foram muitos treinos intensos e treinei bastante para tentar uma boa colocação. Meu objetivo era obter uma melhor colocação em relação ao ano passado, quando ganhei uma medalha de bronze nas finais do aparelho maças. Os resultados foram melhores do que eu imaginava”.
A técnica Maria Justina Gimenez, de 56 anos, de Campo Grande, destacou o trabalho desenvolvido com a jovem atleta. “Ana Júlia vem sendo preparada desde os 9 anos, quando participou da sua primeira competição. Desde então percebemos nela um grande potencial, pois tinha muita persistência, graciosidade e inteligência motora, qualidades essenciais para uma atleta de ginástica rítmica”, disse.
Ela também ressaltou a importância do resultado para o esporte no estado. “Foi uma conquista histórica, resultado que coloca MS entre os melhores do país na modalidade. Temos a certeza que vamos motivar nossas professoras e crianças a continuar buscando aperfeiçoamento na modalidade, aumentar o número de praticantes, pois o exemplo que a Ana Júlia deixa é que todo trabalho com disciplina tem resultado positivo”.
