O Governo de Mato Grosso do Sul prorrogou, até 30 de novembro de 2025, o Estado de Emergência Ambiental em todo o território estadual. O decreto foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (18) e estende a vigência da medida, inicialmente fixada em 27 de março para 180 dias, diante da continuidade das condições climáticas críticas que ampliam o risco de incêndios florestais e prejudicam a qualidade do ar.
A decisão foi baseada em análise técnica do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). O levantamento aponta temperaturas acima de 38ºC, umidade relativa do ar frequentemente inferior a 15% e longos períodos de estiagem, com registros superiores a 90 dias sem chuvas expressivas em algumas regiões. Em Porto Murtinho, por exemplo, não há precipitações acima de 10 mm há mais de três meses.
O estudo também destacou que cidades como Amambai e Ponta Porã tiveram índices de umidade de apenas 8%, enquanto Pedro Gomes registrou máxima de 39,7ºC. Esse cenário compõe o chamado “triângulo do fogo”, caracterizado pela combinação de calor extremo, seca prolongada e baixa umidade, fatores que favorecem a rápida ignição e propagação das chamas.
O decreto autoriza ainda, em caráter excepcional, a dispensa de licitação para a compra de bens e serviços destinados à prevenção e ao combate de incêndios florestais, desde que os contratos sejam concluídos em até um ano.
“Estamos vivendo um período de extrema criticidade climática, com risco elevado de incêndios florestais em todas as regiões do Estado, seja em áreas urbanas ou rurais. A prorrogação da emergência é uma medida necessária para proteger vidas, proteger o meio ambiente e garantir agilidade nas ações de prevenção e resposta”, destacou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
O Governo reforça que a população deve manter a atenção redobrada, evitar queimadas e colaborar com denúncias por meio dos canais oficiais.
