O abate de bovinos no Brasil registrou crescimento no 2º trimestre de 2025, somando 10,46 milhões de cabeças, um aumento de 3,9% em relação ao mesmo período de 2024 e de 5,5% frente ao trimestre imediatamente anterior. Os dados fazem parte das Estatísticas da Produção Pecuária, divulgadas nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foram 395,98 mil cabeças a mais em comparação ao 2º trimestre do ano passado, com aumento em 20 das 27 unidades da Federação. Entre os estados com maior participação nacional, os destaques foram: São Paulo (+129,52 mil cabeças), Pará (+87,09 mil), Rio Grande do Sul (+50,45 mil), Bahia (+36,31 mil), Rondônia (+32,66 mil) e Pernambuco (+30,15 mil). As quedas mais expressivas ocorreram em Mato Grosso (-85,43 mil) e Minas Gerais (-52,98 mil). Mesmo com retração, Mato Grosso segue líder, com 16,7% da participação nacional, seguido por São Paulo (10,9%) e Goiás (10,1%).
O mês mais movimentado foi maio, com 3,59 milhões de cabeças abatidas, alta de 4,9% frente ao mesmo mês de 2024.
Um dado inédito marcou o período: pela primeira vez desde o início da série histórica, em 1997, o abate de fêmeas superou o de machos. O crescimento foi de 16,0% na comparação anual, mantendo a tendência de alta registrada no primeiro semestre.
A gerente da pesquisa, Angela Lordão, destacou o marco histórico: “O abate de fêmeas seguiu em crescimento e, apesar da sazonalidade esperada no período, atingiu o maior nível da série histórica da pesquisa, superando pela primeira vez a participação dos machos. O abate de animais jovens também foi recorde, especialmente novilhas, impulsionado pela demanda de exportação. Do total de fêmeas, 33,0% foram novilhas. Vale registrar que, apesar da queda do abate total em Mato Grosso, estado líder no abate de bovinos, o abate de fêmeas no estado ainda foi superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, devido ao aumento do abate de novilhas”.
Couro também registra alta
A aquisição de couro pelos curtumes investigados chegou a 10,75 milhões de peças no 2º trimestre de 2025, representando aumento de 4,6% em relação ao mesmo período de 2024 e leve queda de 0,1% frente ao trimestre anterior. A maior parte do material teve origem em matadouros frigoríficos e prestação de serviços, que responderam juntas por 92,7% do total.
