Nubank avalia mudança de sede para o Reino Unido e mira expansão nos Estados Unidos

Mudança estratégica visa impulsionar operações e atrair talentos internacionais

22/01/2025 00h00 - Atualizado em 22/01/2025 às 05h20

Por Lauren Netto

A Nu Holdings, controladora do Nubank, o banco digital mais valioso da América Latina, está considerando transferir sua sede legal para o Reino Unido como parte de uma estratégia de expansão global, que também pode incluir entrada no mercado dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo fundador e CEO da instituição, David Vélez, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.

Segundo Vélez, a mudança de jurisdição é analisada no contexto de um plano estratégico de crescimento para os próximos 10 anos. “Estamos pensando ativamente sobre quais são as jurisdições que fazem mais sentido para os próximos passos de expansão global. O Reino Unido é uma das opções em consideração”, afirmou.

Expansão global e mercado norte-americano

Fundado há pouco mais de uma década, o Nubank já acumula mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. Agora, a empresa avalia os Estados Unidos como um possível novo mercado, especialmente com o ambiente regulatório mais favorável às fintechs e criptomoedas sob o governo de Donald Trump.

“Os EUA estão se tornando mais atraentes. Quando um governo passa a ver fintechs como algo positivo para os consumidores e para a competição, o mercado fica mais interessante”, explicou Vélez.

Reino Unido como base estratégica

Embora não esteja nos planos do Nubank lançar serviços na Europa, o Reino Unido é visto como uma base legal que pode ajudar a gerenciar o grupo e atrair talentos globais. Desde 2017, a empresa mantém um escritório em Berlim, com cerca de 40 funcionários.

Olhando para mercados emergentes

Além dos Estados Unidos, a Nu Holdings tem ampliado sua presença em mercados emergentes. Em dezembro, a empresa investiu US$ 150 milhões no banco digital Tyme Group, de Cingapura, que opera na África do Sul e nas Filipinas, com 15 milhões de clientes. Segundo Vélez, muitos desses mercados têm características similares ao Brasil e México, o que pode facilitar a expansão.

Apesar de não haver planos imediatos para entrar em novos países, o CEO indicou que movimentos estratégicos podem ocorrer.


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