Por Lauren Netto
A bolha de calor que domina Mato Grosso do Sul continua impondo temperaturas elevadas, com sensação de abafamento em todo o Estado. Entretanto, a previsão meteorológica indica a possibilidade de tempestades isoladas, algumas acompanhadas de ventos que podem alcançar até 100 km/h.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dois alertas estão em vigor: um de perigo potencial (amarelo) e outro de perigo (laranja), abrangendo diversas regiões, incluindo Campo Grande. As tempestades podem trazer chuvas entre 30 e 60 mm/h, com riscos de cortes de energia, quedas de árvores, alagamentos e descargas elétricas.
Segundo o Metsul Meteorologia, áreas de baixa pressão combinadas com o calor intenso favorecem a formação de temporais isolados, especialmente durante a tarde e a noite. Essas condições resultam de movimentos convectivos gerados pelo aquecimento diurno, que formam nuvens carregadas capazes de provocar chuvas volumosas em curto período e ventos fortes.
Embora os temporais tenham potencial para serem severos em pontos isolados, na maior parte do Estado as chuvas devem ocorrer em forma de pancadas rápidas, típicas do verão, sem grandes acumulados.
Temperaturas recordes seguem altas no MS
Mesmo com a previsão de chuvas, a massa de ar quente que cobre o Estado mantém as temperaturas elevadas. Em Campo Grande, os termômetros podem atingir 38°C durante a semana, com mínimas de 21°C. A capital deve registrar pancadas de chuva isoladas acompanhadas de trovoadas em todos os dias.
No interior, o calor extremo persiste, especialmente em Porto Murtinho, que se tornou referência nacional ao registrar a maior temperatura do Brasil em 2025: 42,1°C na última sexta-feira (17). A cidade já havia batido o recorde anterior de 41,8°C em janeiro deste ano.
Apesar de uma leve queda nas máximas, Porto Murtinho ainda deve chegar perto dos 40°C nos próximos dias, com predomínio de sol e chuvas esparsas no padrão típico do verão.
O Climatempo explica que a ausência de nebulosidade e de chuvas é um dos principais fatores por trás da bolha de calor que afeta a região. Essas condições criam muitas horas de sol direto, aquecendo o ar além do normal e agravando a sensação de calor.