Por Andrella Okata
Foi publicada nesta segunda-feira (25) no Diário Oficial da União a autorização para que a empresa YPFB Energia do Brasil Ltda importe gás natural da Argentina e Bolívia. A medida, válida por dois anos a partir de 1º de janeiro de 2025, permitirá a importação de até 5 milhões de metros cúbicos diários da Argentina e 2 milhões da Bolívia. O objetivo é atender à crescente demanda energética brasileira, com foco nos estados do Centro-Oeste e do Sul.
O gás será transportado pelos gasodutos Bolívia-Brasil (Gasbol) e Gasoduto Gas Ocidente do Mato Grosso Ltda, com entrega em Corumbá (MS) e Cuiabá (MT). A iniciativa promete não apenas reforçar o abastecimento de Mato Grosso do Sul, mas também reduzir custos energéticos na região, aproveitando a capacidade ociosa superior a 50% do Gasbol.
O Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck destacou que o uso do Gasbol é uma alternativa vantajosa, já que a estrutura está paga, reduzindo a necessidade de novos investimentos. “A possibilidade de reverter o fluxo do gás argentino para o Brasil, utilizando o gasoduto já existente, é a solução mais rápida e econômica no curto prazo”, afirmou Verruck.
ALTERNATIVA A LONGO PRAZO
O governo também estuda a construção de um novo gasoduto conectando a cidade argentina de Salta ao Brasil, passando pelo Paraguai, através da Rota Bioceânica. Essa opção atenderia a região do Chaco paraguaio e poderia ampliar a oferta de gás natural ao Brasil. Apesar de promissor, o projeto está em fase de planejamento inicial.