Jovem é a 1ª sul-mato-grossense a ser selecionada para Mundial da Juventude na Russia

Sabrina Pero Maciel, de 26 anos, apresentará coreografia inédita folclórica, com elementos também de MS, para jovens de todo o mundo

16/02/2024 00h00 - Atualizado em 18/02/2024 às 07h15

Por Marina Gabriely e Victória Bissaco

Natural de Rio Brilhante, a web designer Sabrina Pero Maciel, de 26 anos, embarcará para Sochi, na Russia, com a missão de apresentar a cultura sul-mato-grossense a pessoas de diversas partes do mundo. A jovem representa um seleto grupo de brasileiros escolhidos para participar do Festival Mundial da Juventude de 2024, que será realizado entre os dias 01 a 07 de março, e é a primeira sul-mato-grossense a integrar o evento.

O festival é realizado desde 1947 com o intuito de celebrar a diversidade e discutir questões para construir um mundo mais justo e equitativo. Neste ano, foram 300 representantes, que tiveram a chance de concorrer, ainda, a passagens, estadia, alimentação e participação totalmente gratuitas, como é o caso de Sabrina. A jovem, no entanto, explica que os gastos foram parcialmente cobertos, mas que ainda precisa de ajuda para custear as passagens de ida e volta Mato Grosso do Sul para São Paulo, exames médicos e mais custos.

Até agora, a jovem explica que já desembolsou R$ 3 mil para realizar essa grande conquista. "O restante ficou realmente por minha conta. Seguro-viagem, que ele é obrigatório, porque apesar da gente não precisar de visto especificamente para entrar na Rússia, é obrigatório que a gente tenha um seguro-viagem, porque na possibilidade de ter algum problema de saúde, ter alguma coisa assim, você precisa estar coberto, porque não é importante lembrar que SUS só tem no Brasil. Aí as roupas, porque lá ainda é inverno e convenhamos que a gente não tem roupa de inverno de verdade aqui, e mais detalhes".

A web designer explica que soube do evento por meio de um vídeo divulgado no Tik Tok do ator e comediante Pedro Daher. O jovem residente de São Paulo, inclusive, também será um dos representantes do país na Rússia junto com Sabrina e com Gugu Gaiteiro, um fenômeno sulista conhecido por suas habilidades com gaita.

O festival dura sete dias, inspirado por festivais juvenis anteriores, é um convite para um diálogo aberto. Durante o festival, haverá debates, atividades culturais, esportivas e exposições promovendo os valores do festival, como a unidade multiétnica, a vida digna e justa, a cooperação entre os povos e a responsabilidade sobre o futuro do mundo.

Sabrina é formada em Relações Internacionais pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e conta que a graduação foi essencial para participar do processo seletivo, composto por uma redação escrita em inglês e um vídeo de apresentação. "Os pré-requisitos iniciais eu já tinha, que era ter entre 18 e 35 anos, falar inglês e ter um passaporte válido. Eu pensei, ok, essas três eu tenho, vamos ver o resto. Aí a primeira etapa da seleção foi um portfólio [..] Depois disso, nós tivemos uma redação em inglês".

Para o festival, além do conhecimento acadêmico, levará o amor pela dança. Atualmente, Sabrina é integrante da entidade nacional sem fins lucrativos Companhia Par, criada em 2018 para levar a comunidade aulas de dança de salão gratuitas. O projeto cresceu e forma, de maneira totalmente gratuita, bailarinos, técnicos de iluminação, de cenografia, sonorização, discotecagem e figurino.

Sabrina conta que a expectativa é de levar tudo o que o estado de tem de melhor para outros países. "Eu fico um pouco nervosa por querer dar o meu melhor, por querer realmente representar o estado. Porque a gente sabe que com Rota Bioaceânica, com nosso potencial no agro, a gente tem muito a oferecer para mundo, só que não somos tão vistos quanto alguns estados mais populosos, mais ricos, como São Paulo, Rio, Minas. Então, tenho essa expectativa de levar muita coisa daqui pra mostrar, tanto em questões econômicas quanto em questões culturais".

Ajuda - Além de ajudas com a viagem, Sabrina explica que os interessados pelo projeto da Par podem auxiliar financeiramente a Companhia, que atualmente se mantém com apoio financeiro dos integrantes. "A gente tira muito do bolso para manter o projeto", explica a jovem.

A entidade foi aprovada, em dezembro de 2023, para receber recursos da Lei Rounet e busca patrocinadores para expandir as aulas para outros bairros de Campo Grande. "A Par é um local de refúgio para muitas pessoas por meio da dança. É um local inclusivo e que acolhe muitas pessoas de todas as camadas sociais. Eu e o Raphael [Mesquita; fundador do projeto] somos Pessoas com Deficiência, por exemplo", conta a Sabrina, que tem autismo.

Quem deseja ajudar a Companhia Par, pode buscar o Instagram da entidade (@ciapar_oficial). Para auxiliar Sabrina com os custos da viagem, a jovem pede que entrem em contato pelo número (67) 9 9848-8725 ou pelo próprio Instagram dela (@sabrinaperomaciel).


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