Você já teve a impressão de que determinada cor deixa a sua pele mais viçosa e bonita, já outra faz o rosto ficar pálido e com olheiras mais aparentes? Não é só uma percepção, é estudo. Nos anos 40, a estilista e artista Suzanne Caygill pesquisou o impacto das cores na pele de cada indivíduo e consolidou suas análises em um teste: o da coloração pessoal, que no final dos anos 80 foi aprimorado e, desde então, tem transformado a relação de muitas pessoas com as cores.
Trata-se de uma avaliação comparativa que, por meio de tecidos diferentes colocados próximos ao rosto, analisa e descobre as quatro características básicas da pele: contraste, profundidade, temperatura e intensidade. Com base na combinação desses aspectos, as pessoas são divididas em 12 cartelas de cores: verão claro, verão frio, verão suave, primavera quente, primavera brilhante, primavera clara, inverno brilhante, inverno frio, inverno escuro, outono quente, outono suave e outono escuro.
O teste de coloração pessoal é feito por consultores de imagem que avaliam a reação das cores na pele até identificar as mais harmônicas. Segundo a consultora Tay Ayala, a análise é feita presencialmente, de preferência em luz natural direta, sem o uso de maquiagens ou produtos que alterem a cor do rosto. Segundo a consultora, apesar da existência de testes virtuais, somente com a análise presencial é possível afirmar com certeza a cartela de cores de uma pessoa: “Não adianta a gente olhar e dar um palpite, é uma ciência mesmo. São necessários vários componentes para chegar ao resultado”, afirma.
O processo dura em média uma hora e meia e, após isso, a cliente recebe sua cartela de cores e um dossiê com mais informações sobre o teste, dicas de looks, significados dos tons e ensinamentos para combinar e ousar no colorido. Com as cores da cartela, é possível saber os tons de maquiagem, cabelo, roupa e acessórios que ornam com o tom de pele. Dentre os benefícios dessa descoberta, estão a melhora da autoestima, da autoconfiança e até maior credibilidade. “As cores marcam um território. De 100% do impacto da nossa imagem, 90% é referente às cores que a gente usa. Quando descobrimos uma cartela de cores, descobrimos qual é o nosso arco íris,” complementa Tay.
A consultora explica que a cartela nunca muda, mesmo com bronzeados, mudanças na cor do cabelo ou envelhecimento do corpo. O teste também pode ser realizado por homens e em qualquer tonalidade de pele. Além disso, segundo Tay, a relação de cores recomendadas não deve ser limitante: “É possível usar cores de fora da sua cartela, com exercícios de compensação ou peças específicas”.
Tay pontua que em profissões em que se trabalha com a imagem ou com dress codes específicos, a cartela certa pode ajudar. “Além de você se sentir bem e estar usando uma roupa que te valorize, que te deixa mais iluminada, vai também te dar confiança, você sabe que está usando algo que te deixa bonita”. Para ela, as cores têm o poder de transformar o dia de alguém: “Eu acredito demais no poder das cores, elas podem transformar as nossas vidas”, finaliza.
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