Por redação
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê um aumento na taxa de desemprego global em 2024, ocasionado pela estagnação da produtividade, o agravamento das desigualdades e a persistência da inflação. Estima-se que mais dois milhões de trabalhadores ingressarão na busca por ocupação neste ano, elevando a taxa de desemprego global para 5,2%, em comparação com os 5,1% registrados em 2023.
A organização destaca que a recuperação econômica pós-pandemia de COVID-19 desacelerou, contribuindo para o aumento dessa taxa, assim como as tensões geopolíticas e a inflação persistente também exerce influência negativa. Em contrapartida, alguns países do G20 apresentaram reduções, com quedas mais acentuadas no Brasil (6,9%), na Itália (5%) e na Indonésia (3,5%).
O crescimento global em 2023 foi, entretanto, ligeiramente superior ao previsto, e os mercados de trabalho resistiram, de acordo com a OIT. "É pouco provável que a erosão do nível de vida resultante da inflação seja compensado rapidamente", afirmou a OIT em seu relatório Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo: Tendências 2023.
Embora haja alguns dados "encorajadores", de acordo com o diretor da OIT, Gilbert Houngbo, "os desequilíbrios no mercado de trabalho estão aumentando". Segundo o relatório, apenas China, Rússia e México "experimentaram um crescimento positivo nos salários reais em 2023".