Por redação
Em apenas três dias de campanha, a Saúde pública de Dourados aplicou 2,5 mil doses da vacina contra dengue. O imunizante está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município e pode ser aplicado na população entre quatro e 59 anos.
Gestantes e lactantes não podem receber as doses da vacina. Também não é recomendada para pessoas com imunodeficiências primárias ou adquirida, incluindo terapias, e reação de hipersensibilidade à dose anterior. A previsão do município é imunizar 150 mil pessoas.
A campanha, que ganhou destaque nacional, é resultado da parceria entre a Prefeitura de Dourados e o laboratório japonês Takeda. A dose de proteção é válida por até cinco anos, garante o laboratório.
A segurança e a eficácia da vacina foram comprovadas por meio de dados técnicos e científicos. O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses e a Qdenga, apresentou nos ensaios clínicos, ter eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose.
Atualmente, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) desenvolve uma pesquisa sobre os impactos da vacina na cidade de Dourados (MS). Desde 2016, a UFMS acompanha testes com a vacina da dengue para avaliar a eficácia do imunizante.
No restante do país, a vacina, conhecida como Qdenga, não será utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório fabricante, Takeda, afirmou que tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses. Por isso, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias.
A incorporação do imunizante foi analisada de forma célere pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) e passou por todas as avaliações da comissão que recomendou a incorporação.
A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Para avaliação de eficácia, imunogenicidade e segurança da vacina Qdenga, ao todo, 18 estudos clínicos (sete estudos de fase 3, seis estudos de fase 2 e cinco estudos de fase 1 com cerca de 27.000 participantes de regiões endêmicas e não endêmicas de dengue, cobrindo uma faixa etária de 1,5 a 60 anos, foram conduzidos.