Por redação
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou nesta quarta-feira, 10, que a taxa de desemprego global deverá apresentar um nível de aumento em 2024, influenciado pela estagnação da produtividade, intensificação das desigualdades e persistência da inflação.
Estima-se que aproximadamente 2 milhões de trabalhadores ingressarão na busca por ocupação em 2024, elevando a taxa global de desemprego para 5,2%, em comparação com 5,1% em 2023. Em 2022, o índice de desocupação havia atingido 5, 3%.
A OIT destaca que a recuperação econômica pós-pandemia de covid-19 perdeu ritmo, sendo influenciada também por aumento geopolítico e inflação contínua.
No entanto, alguns países do G20 experimentaram quedas mais acentuadas na taxa de desemprego, com notáveis diminuições registadas no Brasil (6,9%), Itália (5%) e Indonésia (3,5%).
Embora o crescimento global em 2023 tenha superado as variações, a OIT observa que a resistência dos mercados de trabalho é notável.
O relatório “Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo: Tendências 2023” da OIT ressalta que a erosão do nível de vida decorrente da inflação não será rapidamente compensada.
As preocupações sobre o aumento das desigualdades e a estagnação da produtividade são destacadas pela ONU, que destacam desequilíbrios crescentes no mercado de trabalho, apesar de alguns indicadores encorajadores.
O diretor da OIT, Gilbert Houngbo, afirma que, embora existam dados encorajadores, os desequilíbrios no mercado de trabalho estão em ascensão. O relatório aponta que apenas China, Rússia e México experimentaram crescimento positivo na evolução real em 2023.