Gasolina no Brasil: Cbie aponta que o preço está 6% mais caro que no mercado internacional

De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura, o corte no preço da gasolina no mercado interno poderia ser de R$ 0,16 por litro, valor semelhante ao indicado pela Abicom

07/01/2024 00h00 - Atualizado em 10/01/2024 às 22h41

Por redação

A recente queda nos preços do petróleo elevou o valor da gasolina vendida no Brasil em 6% em relação ao mercado internacional, apontando para a possibilidade de uma redução nos preços praticados pelas refinarias brasileiras, caso o preço da commodity se estabilize. O baixa nos preços do petróleo está associada ao anúncio de corte de preço pela Saudi Aramco, indicando uma demanda global menor do que a esperada.

Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), a redução do preço da gasolina no mercado interno poderia atingir R$ 0,16 por litro, alinhando-se ao valor indicado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). A última alteração nos preços da gasolina nas refinarias da Petrobras ocorreu há 81 dias, quando a estatal promoveu uma redução de 4%, equivalente a menos R$ 0,12 por litro.

"A redução promovida pela companhia saudita levou os preços do óleo vendido pelo país ao patamar mais baixo dos últimos dois anos, superando as expectativas de especialistas do mercado. Para além a decisão reforçou a ideia de que um dos maiores produtores da commodity no mundo vê uma demanda reduzida nos próximos meses", avaliou o Cbie em seu relatório diário.

Reajustes da gasolina - O último reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras foi há 81 dias. Já o diesel teve duas reduções feitas pela estatal no mês de dezembro do ano passado, sendo a última no dia 27, estando praticamente alinhado com o preço internacional.

No total, a queda do preço do diesel em dezembro foi de R$ 0,57 por litro nas refinarias da estatal. A defasagem média do diesel nas refinarias brasileiras é de 2%, tanto na Acelen como na Petrobras.

A Refinaria de Mataripe, na Bahia, controlada pela Acelen, braço no Brasil do fundo árabe Mubadala, faz reajustes semanais e está com diferença da gasolina menor, se comparada à Petrobrás.

Enquanto na Bahia a gasolina está com o preço 2% maior do que no mercado externo, as refinarias da Petrobras chegam a registrar preços 10% maiores do que o produto importado, como é o caso do polo de Itacoatiara, no Amazonas.

Segundo a Abicom, no caso da gasolina, todos os polos de operação estão abertos para importação. Na importação de diesel, entretanto, "já são 14 dias de janelas fechadas", informou a Abicom.


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