Por redação
Sob a influência do pessimismo internacional, o primeiro dia útil do ano testemunhou uma queda no mercado de ações e uma alta no valor do dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia acima de R$ 4,90, registrando um aumento de mais de 1%.
O dólar comercial fechou a terça-feira (2) sendo negociado a R$ 4,915, apresentando um acréscimo de R$ 0,062 (+1,28%). Inicialmente, a cotação permaneceu estável durante a primeira meia hora de negociação, mas posteriormente começou a subir. Após a abertura dos mercados norte-americanos, a moeda disparou, aproximando-se do ponto máximo do dia.
No cenário das ações, o dia também foi marcado por instabilidades. O índice Ibovespa, da B3, encerrou em 132.696 pontos, registrando uma queda de 1,11%. O indicador operou próximo da estabilidade até o início da tarde, mas depois começou a declinar.
As incertezas em relação à economia dos Estados Unidos influenciaram fortemente o primeiro dia útil de 2024. A perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) adie a redução das taxas de juros na maior economia do mundo pressionou as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros globalmente.
Taxas elevadas nos títulos do governo dos Estados Unidos incentivam a fuga de capitais de economias emergentes, como o Brasil, impactando o valor do dólar e o mercado de ações.
Os investidores estão aguardando a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos para ajustarem suas expectativas em relação às taxas de juros. Caso a criação de empregos desacelere, aumentam as chances de o Fed antecipar a redução das taxas básicas.