Algoritmo de Inteligência Artificial prevê se uma pessoa vai morrer em quatro anos

Descubra como um avançado algoritmo de inteligência artificial pode antecipar eventos de mortalidade, alcançando uma notável precisão de 78% em suas previsões ao longo de quatro anos.

23/12/2023 00h00 - Atualizado em 28/12/2023 às 17h34

Por redação

Cientistas dinamarqueses revelaram recentemente o desenvolvimento de um algoritmo de inteligência artificial capaz de prever eventos relacionados à mortalidade com base na história de vida de uma pessoa. Segundo o estudo publicado na revista Nature Computational Science, o modelo de algoritmo, denominado life2vec, demonstrou uma precisão de aproximadamente 78%.

Os pesquisadores alimentaram o life2vec com uma ampla gama de informações sobre mais de seis milhões de pessoas reais, provenientes de um extenso conjunto de dados dinamarquês abrangendo o período de 2008 a 2016. Esses dados incluíam detalhes como renda, profissão, local de residência, lesões e gravidez. Para interpretar essas informações, os cientistas empregaram técnicas avançadas de processamento de linguagem, criando um vocabulário específico para eventos de vida.

O life2vec foi treinado para mapear os complexos fatores que compõem a vida de um indivíduo, permitindo previsões com base em milhões de outras experiências. O algoritmo aprendeu com esses dados e foi capaz de fazer previsões sobre diversos aspectos da vida, desde comportamento até a possibilidade de mortalidade nos próximos anos.

Para estimar a probabilidade de mortalidade em um período específico, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 2,3 milhões de pessoas entre 35 e 65 anos, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2015. A equipe então avaliou a precisão do life2vec ao selecionar aleatoriamente 100 mil pessoas, metade das quais sobreviveu e metade não. O algoritmo acertou corretamente em 78% das vezes quando questionado sobre o destino dessas pessoas.

Descobriu-se que fatores como sexo, profissão e renda influenciavam as previsões do life2vec. Por exemplo, homens tinham maior probabilidade de mortalidade, enquanto ocupar cargos de gestão ou ter renda elevada muitas vezes indicava maior probabilidade de sobrevivência.

Apesar dos avanços, os pesquisadores enfatizaram a necessidade de garantir a privacidade das pessoas envolvidas no estudo. Atualmente, as leis de privacidade dinamarquesas proibiriam a utilização do life2vec para decisões individuais, como políticas de seguro ou contratação, mesmo que o modelo se torne disponível ao público no futuro.


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