Adiada para 2024 votação do relatório do Novo Ensino Médio

Apreciação do projeto estava prevista para terça-feira (12), porém foi adiada por pedido da presidente da Ceensino

11/12/2023 00h00 - Atualizado em 15/12/2023 às 16h23

Por redação

Foi adiada para 2024 a apreciação do relatório sobre o Novo Ensino Médio no país. A votação deveria ocorrer nesta terça-feira (12), porém foi prorrogada a pedido da Subcomissão Temporária para Debater e Avaliar o Ensino Médio no Brasil (Ceensino) do Senado. O texto prevê mudanças na carga horária, financiamento e até melhoria da infraestrutura escolar e capacitação de profissionais.

A presidente da Ceensino, senadora Teresa Leitão (PT-PE) justificou o pedido de prorrogação depois de o governo retirar a urgência do projeto de lei para ajustar pontos do PL 5.230/2023, de autoria da senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), que tramita na Câmara dos Deputados.

Em outubro, o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei com diretrizes para a Política Nacional de Ensino Médio, que propõe alterações no novo ensino médio.

Um ponto a ser alterado pelo PL é carga horária de 2.400 horas anuais para as disciplinas obrigatórias sem integração com curso técnico, que atualmente é de 1.800 horas anuais para as disciplinas obrigatórias comuns e 1.200 horas para os itinerários formativos, áreas de conhecimentos ou curso técnico escolhidos pelos alunos.

O projeto, ainda, prevê como disciplinas obrigatórias em todo o ciclo do ensino médio: língua espanhola, história, geografia, química, física, biologia, matemática, língua portuguesa e língua inglesa. Atualmente, apenas língua portuguesa, matemática, educação física, arte, sociologia e filosofia são obrigatórias nos 3 anos do ensino médio.

A revogação dos itinerários formativos e criação dos Percursos de Aprofundamento e Integração de Estudos, que vão combinar, no mínimo, três áreas do conhecimento. Cada escola terá que ofertar, pelo menos, dois percursos até o início do ano letivo de 2025. Outra proposta é a criação de parâmetros nacionais para os percursos para evitar desigualdades e desestímulo aos estudantes.

O PL também prevê a vedação da oferta da Formação Geral Básica por meio da educação à distância. As aulas online seriam autorizadas apenas em situações excepcionais definidas pelo Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE).

Por fim, proíbe profissionais com notório saber de ministrar aulas. Serão definidas situações em que esses profissionais poderão atuar, excepcionalmente, na docência do ensino médio.


Notícias Relacionadas »
📢 Divulgue Para Mais de 15 Milhões de Leitores
MSConecta WhatsApp
O que você deseja? 1 - Divulgar Marca/Negócio 2 - Sugerir Matéria/Denunciar 3 - Ser Colunista 4 - Outros