Na COP-28, MS lança plataforma com dados de emissão de carbono

"Carbon Control" foi lançado e apresentado oficialmente no evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

02/12/2023 00h00 - Atualizado em 05/12/2023 às 19h23

Por redação

Uma plataforma que vai reunir dados das emissões de gases de efeito estufa de diversos setores econômicos de Mato Grosso do Sul. Esse foi o novo lançamento do Governo do Estado, que tem como meta reduzir as emissões de carbono até 2030, na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-28), no último domingo (3).

O Carbon Control foi lançado e apresentado oficialmente no evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O objetivo do Governo é que Mato Grosso do Sul seja um território reconhecido internacionalmente como Carbono Neutro até o final desta década.

O aplicativo utiliza o GHG Protocol, da WRI (World Resource Institute), que se baseia nas orientações da ONU, já customizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) para o Brasil e é o protocolo adotado pelo governo federal para inventários de emissões de GEE.

Conforme o secretário Estadual de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que representa o governador Eduardo Riedel na COP 28, "dentro dessa lógica, a Semadesc publicou uma resolução passando a exigir a apresentação do inventário de gases de efeito estufa para os empreendimentos que necessitam de licenciamento ambiental".

De acordo com o titular da Semadesc, as participações do Governo do Estado nas edições da Conferência Mundial do Clima têm sido fundamentais para que Mato Grosso do Sul chegue ao ano de 2030 como território reconhecido internacionalmente como Carbono Neutro, mas existem outras questões em debate.

"Nós temos reforçado aqui na COP que é necessário focar muito na questão do desmatamento ilegal e nós já lançamos também um sistema digital para coibir qualquer tipo de desmatamento ilegal em Mato Grosso do Sul. É importante ressaltar que temos um ganho importante na redução das emissões através do combate ao desmatamento ilegal e na prevenção e combate aos incêndios florestais", acrescentou.

O secretário lembra que "toda estrutura digital que o governo montou, de prevenção, de manejo integral de fogo, de monitoramento do desmatamento ilegal é importante para que façamos essa redução das emissões. Então, acho que a meta de 2030 já é audaciosa, sob o ponto de vista de qualquer projeto que nós estamos vendo aqui na COP. A ideia é que a gente mantenha essa meta de 2030, mas a partir do sistema do Carbon Control, nós conseguiremos fazer uma quantificação e medição mais adequadas. Nós já temos um inventário estadual, sabemos o que nós emitimos e agora estamos com o foco nas remoções e retenções de carbono para sinalizar ao mundo essa questão da neutralização", finalizou Jaime Verruck.


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