Por redação
Após dois anos do fatídico vandalismo que arrancou o pé da estátua de Manoel de Barros instalada na avenida Afonso Pena, a obra será, finalmente, restaurada. A contratação do escultor Victor Henrique Woitschach, ou apenas Ique Woitschach, responsável por idealizar a criar a obra, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (4).
A estátua marca presença na Cidade Morena deste 2017, quando foi inaugurada em comemoração aos 101 do nascimento do poeta. Ao todo, conforme o edital, serão destinados R$ 75.600 para a restauração e revitalização da peça. O prazo para a obra é de seis meses, a contar da assinatura e do pagamento da primeira parcela.
Conforme a publicação, a estátua "foi alvo de vandalismo que acarretaram em perdas de pedaços da imagem, deformações em algumas partes e oxidação do material bronze devido a intempéries climáticas".
A obra de arte mede 1,38 metro de altura por 1,60 metro de largura. É rica em detalhes, desde o sorriso cativante do poeta aos seus trajes simples, as pernas cruzadas, o tênis surrado, ao lado de caramujos e do ninho de pomba, com os quais dialogava e se inspirava entre imagens, lembranças e metáforas.
O ato de vandalismo ocorreu em 2021. A Fundação da Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) publicou nota na época na qual dizia que tomaria "as medidas cabíveis sobre o ato de vandalismo". “A Fundação de Cultura vai fazer um boletim de ocorrência, para que os órgãos de segurança pública investiguem e localizem os responsáveis por esse ato de vandalismo, que cometeram com um ícone da nossa cultura. Será feita também a abertura de procedimento interno para a restauração da estátua”, explicou o então diretor-presidente da FCMS, Gustavo Castelo.
No mesmo ano, o escultor Ique Woitschach também chegou a visitar a obra danificada. A hipótese é de que o pé teria sido arrancado com auxílio de alguma ferramenta, uma vez que mãos humanas não conseguiriam retirar o bronze sozinhas.