Milei: Proposta de fechar Banco Central argentino "não é negociável"

Comunicado de autoridades ligadas ao presidente eleito da Argentina desmente boatos de revés no plano de encerrar o Banco Central no país

25/11/2023 00h00 - Atualizado em 25/11/2023 às 16h57

Por redação

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei disse que o fechamento do Banco Central no país é "inegociável". Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (24), a equipe do político também anunciou dois nomes que integrarão o governo.

A nota à imprensa foi publicada na rede social X, antes chamada de Twitter. "Diante dos falsos rumores difundidos, esclarecemos que o fechamento do Banco Central da República Argentina (BCRA) não é um assunto negociável".

O presidente eleito expressou durante a campanha eleitoral o objetivo de encerrar as atividades do BCRA. Conforme o político, o Banco Central é uma instituição que rouba os argentinos ao contribuir para o processo inflacionário vivido pelo país.

O Banco Central de um país é responsável por determinar a política monetária de um país, isto é, a taxa básica de juros. Por exemplo, o Bacen (do Brasil), garante a estabilidade do poder de compra do Real e zela por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, bem como fomenta o bem-estar econômico da sociedade.

Outra proposta polêmica do economista e que complementa o fechamento do Banco Central é a de implantar o dólar na Argentina. Hoje um dólar vale quase 1.000 pesos no câmbio paralelo.

Eleito - A Argentina terá um novo presidente pelos próximos quatro anos. O eleito neste domingo (19) foi o candidato Javier Milei, com 55,95% dos votos na disputa. O economista ultradireitista venceu o então ministro da Economia do país, Sergio Massa, que alcançou 44,04% dos votos.

Milei ficou conhecido nestas eleições por ser um candidato antissistema. O economista promete dolarizar a economia e extinguir o Banco Central argentino para acabar com a inflação, que chegou a 142,7% nos 12 meses terminados em outubro, a maior em 30 anos. No segundo turno, mudou de opinião e negou privatizar a saúde e as escolas públicas.

O presidente eleito costuma ser comparado por analistas políticos ao ex-presidente americano Donald Trump e ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Dentre suas propostas econômicas estão a substituição da moeda nacional peso pelo dólar - modelo já adotado por outros países da América do Sul, como o Equador - e também acabar com o Banco Central argentino.


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