Brasil encerra Parapan de Santiago 2023 com recorde de 343 medalhas

Foram 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes que deram ao Brasil título de país com mais medalhas nesta edição

24/11/2023 00h00 - Atualizado em 28/11/2023 às 15h24

Por redação

A delegação brasileira encerrou a sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, neste domingo (26), com recorde de 343 medalhas. Foram 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. O país superou a edição dos Jogos de Lima, quando os atletas brasileiros subiram 308 vezes ao pódio, com 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze.

No último sábado (25), dois atletas sul-mato-grossenses foram destaque. Yuki Rodrigues, natural de Três Lagoas, foi ouro em badminton e Paulo dos Reis, de Dourados, levou prata em salto à distância. O corredor campo-grandense Yeltsin Jacques conquistou a primeira medalha do atletismo na competição e terminou os 1.500 metros em segundo lugar ontem, contudo, foi desclassificado.

Desde o Parapan do Rio 2007, o Brasil termina no topo do quadro de medalhas. A segunda colocação ficou com os EUA (55 ouros, 58 pratas e 53 bronzes), seguidos pela Colômbia (50 ouros, 58 pratas e 53 bronzes).

No último dia de competições, o Brasil disputou pódios no ciclismo e no badminton, conquistando 11 medalhas no total, sendo cinco de ouro e seis de prata. O primeiro pódio do dia foi com a brasiliense Daniele Souza no badminton, que venceu a peruana Jaquelin Javier no torneio de simples da classe WH1 (cadeira de rodas) por 2 a 0, com parciais de 21/13 e 21/13, e conquistou a medalha de ouro.

Somente no badminton, foram oito medalhas neste dia de encerramento em Santiago. O Brasil esteve ainda em outras cinco finais do badminton, com duas medalhas de ouro garantidas, já que duas decisões foram com atletas brasileiros. Pelas duplas mistas das classes SL3 (pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam) e SU5 (pessoas com deficiência nos membros superiores).

O brasiliense Marcelo Conceição ficou com o ouro após vencer o paulista Rodolfo Cano, que ficou com a prata, por 2 a 0 no torneio de simples masculino, classe WH1 (cadeira de rodas), com parciais de 21/8 e 21/5. O também paulista Júlio César Godoy conquistou a medalha de prata depois de ser derrotado pelo chileno Jaime Urrutia por 2 a 0, com parciais de 21/15 e 21/11 no torneio de simples da classe WH2 (cadeiras de rodas).

Com isso, a modalidade contribuiu para a campanha brasileira na capital chilena com 21 medalhas, sendo nove ouros, nove pratas e três bronzes.

A paranaense Jady Malavazzi foi a responsável pelo primeiro pódio do ciclismo no domingo. Ela venceu a prova de ciclismo de estrada, registrando um tempo de 1h32min42 e ficando com a medalha de ouro. A prata foi para a norte-americana Sophia Brim (1h38min48), o bronze para a também norte-americana Jenna Rollman (1h38min49). Outras brasileiras na disputa, Mariana Garcia terminou em quarto lugar (1h38min49) e Josiane Nowacki em quinto (1h39min29).

A paulista Bianca Canovas Garcia, que ficou com o ouro na prova individual contrarrelógio da classe B2 (limitação visual), ao lado da piloto, a paranaense Nicolle Borges, conquistou mais uma medalha dourada no ciclismo estrada após fazer um tempo de 2h06min36. A prata ficou com a argentina Maria Agustina Cruceño ao lado da piloto Mayra Valentina Tocha (2h10min49), e o bronze com a também argentina Maria José Quiroga (2h13min06).

Pelo ciclismo estrada da classe C4-5 (deficiência físico-motora e amputados), o paulista Lauro Chaman ficou com a medalha de prata após registrar um tempo de 1h48min58. O ouro foi para o colombiano Carlos Vargas (1h48min58), e o bronze ficou com o dominicano José Rodríguez (1h52min05).

O ciclismo brasileiro também se destacou nesta edição do Parapan e somou ao país 10 pódios no total, sendo cinco ouros, três pratas e dois bronzes. Com isso, teve melhor desempenho do que em Lima há quatro anos, quando obteve três ouros, uma prata e quatro bronzes.

Já a natação foi a modalidade que mais obteve pódios durante a participação do Brasil no Parapan de Santiago 2023, com 120 medalhas no total, sendo 67 de ouro, 30 de prata e 23 de bronze; seguida do atletismo, com 83 pódios, sendo 34 de ouro, 27 de prata e 22 de bronze e do tênis de mesa, que registrou 38 vitórias no total, sendo 13 de ouro, 13 de prata e 12 de bronze.

Além disso, o Brasil ainda conquistou uma medalha inédita em esportes coletivos. Depois da derrota em Toronto 2015 e Lima 2019, o rúgbi em cadeira de rodas ficou com o bronze em Santiago. Esse pódio também deu ao Brasil a chance de disputar o qualificatório da Nova Zelândia no ano que vem em busca de uma vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

A próxima edição dos Jogos Parapan-Americanos será em Barranquila, na Colômbia, em 2027. Já as próximas missões internacionais com participação da delegação brasileira serão o Campeonato Mundial de atletismo, uma das quatro modalidades em que o CPB também atua como Confederação, de 17 a 25 de maio de 2024, e os Jogos Paralímpicos de Paris, de 28 de agosto a 8 de setembro do ano que vem.


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