Por redação
A Argentina terá um novo presidente pelos próximos quatro anos. O eleito neste domingo (19) foi o candidato Javier Milei, com 55,95% dos votos na disputa. O economista ultradireitista venceu o então ministro da Economia do país, Sergio Massa, que alcançou 44,04% dos votos.
Milei ficou conhecido nestas eleições por ser um candidato antissistema. O economista promete dolarizar a economia e extinguir o Banco Central argentino para acabar com a inflação, que chegou a 142,7% nos 12 meses terminados em outubro, a maior em 30 anos. No segundo turno, mudou de opinião e negou privatizar a saúde e as escolas públicas.
O presidente eleito costuma ser comparado por analistas políticos ao ex-presidente americano Donald Trump e ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Dentre suas propostas econômicas estão a substituição da moeda nacional peso pelo dólar - modelo já adotado por outros países da América do Sul, como o Equador - e também acabar com o Banco Central argentino.
Alçado à fama como comentarista econômico em programas de televisão, Milei se diz amante de cães e, segundo a mídia argentina, tem vários clones de um cachorro que viveu de 2004 a 2017. Embora tenha se aliado a políticos da direita tradicional no segundo turno, como o ex-presidente Mauricio Macri e a candidata derrotada Patricia Bullrich, o candidato vencedor atraiu o voto sobretudo dos mais jovens ao se posicionar contra aos políticos tradicionais, que chama de “a casta”.
Ao votar no início da tarde, Milei disse que “tudo o que tinha de ser feito já foi feito” e a hora de as pessoas falarem tinha chegado, “apesar da campanha do medo”. O candidato da coalizão La Libertad Avanza disse que o momento era de esperança, para impedir o que chamou de “continuidade da decadência”.