Por redação
Mato Grosso do Sul recebe mais um alerta de onda de calor entre esta sexta-feira (10) e a próxima quarta-feira (15). O fenômeno pode aumentar os riscos à saúde, como problemas respiratórios, irritações oculares e ressecamento de pele. Evitar exposição ao sol, beber mais líquidos e passar protetor solar estão entre as recomendações nestes dias.
O meteorologista Natálio Abrahão Filho explica que a onda de calor é decorrente de um bloqueio atmosférico no extremo sul do país, que impede a entrada de massas de ar frio. "Ocorre quando as temperaturas máximas de uma grande região, Centro-Oeste, por exemplo, apresentam valores acima das médias máximas ao menos por mais de três dias, tempo para ela se instalar e ganhar força".
Conforme o meteorologista, esse fenômeno surge, principalmente, "devido a presença de dentro de alta pressão que impede a formação de nuvens e faz a umidade cair intensamente". O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que as temperaturas podem ultrapassar os 40ºC em diversos estados do país, inclusive Mato Grosso do Sul.
O site meteorológico Climatempo, por sua vez, informa que esta será a quarta onda de calor que o Brasil vive no segundo semestre deste ano. Ainda, poderá ser mais forte do que as ondas de calor registradas em agosto, setembro e outubro.
Além de Mato Grosso do Sul, ao menos outros 11 estados brasileiros e o Distrito Federal devem registrar vários dias com temperaturas pelo menos 5°C acima do normal para novembro. São eles: Paraná, São Paulo, Rio De Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí.
Riscos à saude
Em uma coluna escrita para o MS Conecta , a médica otorrinolaringologista Ana Clara Ferrão explica que o tempo seco associado à onda de calor afeta a saúde da população. "Dentre os efeitos deletérios causados pelo tempo seco, os principais incluem: desidratação, ressecamento de mucosas agravando doenças respiratórias, sangramentos nasais, ressecamento da pele e irritações oculares. Atenção principalmente com as crianças e os idosos, que costumam ser os mais afetados pelas mudanças de temperatura".
A otorrinolaringologista afirma que os cuidados devem ser redobrados especialmente com crianças e idosos, que são os grupos mais vulneráveis neste período. Além da lavagem nasal para remoção de secreções, micróbios e alérgenos existentes na cavidades nasais bem como a descongestão nasal, é possível, ainda, umidificar os ambientes com umidificadores do ar ou toalhas úmidas nos cômodos.
Segundo Natálio Abrahão, o fenômeno eleva as temperaturas, associado aos raios UV. "São prejudiciais a saúde e tanto pessoas como animais devem se proteger com roupas leveis, claras, ingestão de muita água, evitar sol, usar protetor solar e pouca atividade física", indica o meteorologista.