Por redação
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção de grãos deve atingir 316,7 milhões de toneladas entre 2023 e 2024 no país. Em Mato Grosso do Sul, a previsão é de que sejam plantados 3,952 milhões de hectares de soja. A estimativa nacional é 1,5% menor do que o registrado em 2022/23. Os dados foram divulgados hoje (9).
Conforme o boletim da Conab, os acumulados de chuva nas regiões sudoeste e leste de Mato Grosso do Sul e sul de Goiás, que ultrapassaram 120 mm, foram favoráveis para manter a umidade no solo e para a semeadura e estabelecimento das culturas da primeira safra. Em outubro, por causa das máximas que ultrapassaram 40 °C, a evapotranspiração aumentou, o que contribuiu para a manutenção de baixos níveis de umidade no solo.
A nível nacional, as chuvas neste ano são superiores ao mesmo período do ano passado. “O percentual de área semeada, atualmente, apresenta-se aquém do observado no mesmo período da safra anterior, devido, principalmente, ao excesso de chuvas nas Regiões Sul e Sudeste e às baixas precipitações no Centro-Oeste", informa a Central Nacional de Abastecimentos.
O balanço aponta ainda um crescimento de 0,5% sobre a área cultivada, passando para 78,9 milhões de hectares. Além das culturas de primeira safra, cujo plantio se estende até dezembro, a área prevista abrange as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno, com plantios encerrando em junho.
De acordo com o boletim, a soja deve atingir uma produção estimada em 162,4 milhões de toneladas – um crescimento de 2,8% na área a ser semeada, “o que ainda consolida o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa”. Em Mato Grosso do Sul, devem ser produzidos 3,952 milhões de hectares de soja.
Quanto ao milho, houve redução de 5% na área total a ser cultivada, calculada em 21,1 milhões de hectares, com produção prevista de 119,1 milhões de toneladas. Em território sul-mato-grossense, houve uma significativa diminuição na previsão de áreas a serem cultivadas do grão, isto porque agropecuaristas que costumavam cultivar milho para alimentar bovinos e tradicionalmente o plantavam como primeira safra optam por cultivar soja nessas áreas.
Conforme a Conab, isso se deve ao recente sucesso na produção de soja e à oferta abundante de milho no mercado, tornando mais vantajosa a compra do milho de terceiros em vez de produzi-lo internamente.
Já para o algodão, é esperado um crescimento de 4,2% na área a ser semeada, em um total de 1,73 milhão de hectares, e produção de pluma em 3,04 milhões de toneladas. Em Mato Grosso do Sul, apesar da liberação normativa para semeadura de algodão nos municípios da região sul, os primeiros cultivos da safra 2023/24 serão implantados somente em novembro.
No caso do arroz, há expectativa de crescimento de 5,2% na área que está sendo semeada e produção de 10,8 milhões de toneladas. O mesmo vale para o feijão, com crescimento previsto de 3,3% na área total a ser semeada com as três safras, estimada em 2,8 milhões de hectares, e com a produção total no país de 3,1 milhões de toneladas.
