Por Victória Bissaco
A inflação do mês de outubro no país ficou 0,24%, puxada, principalmente, pelo aumento no preço das passagens aéreas. Em Mato Grosso do Sul, o índice ficou acima da média nacional. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O economista Eugênio da Silva Pavão explicou ao MS Conecta que a inflação é a perda do poder de compra da renda individual e empresarial. "Quando ela aumenta, reduz o poder de compra. Quando reduz, significa que a perda de poder de compra desacelera", explica.
Segundo o levantamento do IBGE, é o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Além da proximidade das férias de fim de ano, o aumento também pode ser contabilizado pelo combustível. Eugênio Pavão ressalta que o custo do querosene de aviação e até o caso da 1,2,3 Milhas, que trouxe uma crise ao setor aéreo, acarretaram no desaparecimento das passagens baratas, tanto do mercado online quanto presencial.
Em Campo Grande, os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. Por outro lado, os grupos que registraram queda foram Comunicação (-0,15%), Habitação (-0,12%) e Transportes (-0,11%). Os demais grupos ficaram entre Alimentação e bebidas (0,27%) e Artigos de residência (1,51%).
No cenário nacional, o resultado ficou abaixo do 0,26% medido em setembro. No ano, a inflação acumulada é de 3,75% e, nos últimos 12 meses, 4,82%.
O economista avalia que o setor do agronegócio impulsiona a inflação de Mato Grosso do Sul acima da média nacional. "A inflação em MS está acima da nacional, devido a estrutura econômica, com produção vinculada ao agronegócio".
