Brasileiros não estão incluídos na terceira lista de estrangeiros autorizados a sair de Gaza

Lista conta com 571 pessoas, sendo 367 estadunidenses e outras 127 britânicas; 34 brasileiros aguardam liberação

01/11/2023 00h00 - Atualizado em 04/11/2023 às 20h33

Por redação

Brasileiros ainda não foram liberados para sair da Faixa de Gaza. Nesta sexta-feira (03), foi divulgada a terceira lista autorizando 571 estrangeiros a deixar a região. Dentre os beneficiados, 367 são cidadãos dos Estados Unidos, 127 são britânicos, e os demais representam cidadãos da Alemanha, Itália, Indonésia e México, conforme informações da Representação do Brasil em Ramala. Atualmente, um grupo de 34 pessoas, entre brasileiros e familiares próximos, aguardam a permissão para saída nas cidades de Khan Younes e Rafah, que ficam próximas à fronteira com o Egito.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, reforçou em uma conversa com o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, o pedido para que os brasileiros retidos na Faixa de Gaza obtenham autorização para atravessar a fronteira de Rafah. Mesmo com a garantia de prioridade dada pelo chanceler egípcio, a autorização ainda não foi concedida. O Itamaraty continua suas negociações com as autoridades locais, mantendo um avião pronto para o resgate no Cairo, aguardando o sinal verde necessário para a operação.

Na lista anterior divulgada na quinta-feira (2), 576 estrangeiros foram autorizados a deixar Gaza, sendo que 400 eram cidadãos dos Estados Unidos. Além disso, havia indivíduos de diversas nacionalidades, incluindo Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Tchade.

A primeira lista com estrangeiros autorizados a deixar o enclave palestino alvo dos bombardeios de Israel foi divulgada na quarta-feira (1º). Até então, uma média de 500 pessoas de outras nacionalidades estão sendo autorizadas a deixar a área do conflito. O Egito promete que todos os sete mil cidadãos de outros países que pediram para sair de Gaza serão liberados, mas de forma controlada, um grupo por dia. Nesse ritmo, pode levar mais uma semana até que todos atravessem a fronteira.

Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate está de prontidão e prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza, com equipes e ônibus, medicamentos e alimentação, até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.

Os brasileiros estão abrigados no sul da Faixa de Gaza, perto da fronteira. Hasan Rabee está entre eles e relatou nas redes sociais nesta sexta-feira que comida e água ficam cada dia mais escassos na Faixa de Gaza. Na publicação, ele diz ainda que não sabe quando poderá deixar o enclave.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou mais de 1.400 pessoas na invasão sem precedentes ao território israelense. Do lado palestino, a ofensiva israelense na Faixa de Gaza já deixou mais de nove mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas. O número não pode ser verificado de maneira independente.

Israel afirma ter cercado a cidade de Gaza, a principal do enclave, enquanto o primeiro ministro Binyamin Netanyahu afirma que sua campanha militar "está no auge". Diante da escalada do conflito, os Estados Unidos, um dos principais aliados de Tel-Aviv, pressionam por pausas humanitárias para minimizar o impacto da guerra sobre os civis palestinos.


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