Por redação
O relatório da Organização das Nações (ONU) para a Agência Alimentação e a Agricultura (FAO) indica que a permanência do fenômeno El Niño até o 1º semestre de 2024 pode prejudicar a agricultura da América Latina. A previsão é de mais chuva em alguns países e seca em outros, o que causará grande impacto em diversas plantações do continente.
A FAO é voltada para combater à fome e à pobreza, por meio de técnicas que proporcionem mais segurança alimentar e desenvolvimento agrícola. No Brasil, Guiana e Sumaré, as dificuldades climáticas se concentram na seca que assolará os países.
Já no Peru, Equador e mais países do cone sul, a previsão é de chuvas mais fortes e periódicas do que o habitual. Na América Central, a seca deve durar até o final deste ano, 2023.
Ainda, conforme o relatório, a agricultura, que inclui plantações, pecuária, florestas e pesca, está vulnerável. O setor pode absorver 26% das perdas econômicas durante condições climáticas extremas e até 82% durante a seca.
No Equador, por exemplo, pescadores relataram 30% de redução na captura do atum desde fevereiro deste ano.
El Niño - A tendência é de o fenômeno El Niño seguir influenciando o clima nos próximos meses. Ao menos até o começo ou o meio do outono de 2024 são esperadas condições de fase quente do Oceano Pacífico Equatorial. De acordo com a maioria dos modelos de clima, o pico de intensidade do El Niño se daria entre novembro e dezembro.
O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico. Ele impacta diretamente as zonas tropicais do planeta, como o Brasil.