Por redação
A demora na aquisição de medicamentos do câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) será tema de debate promovido pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados. O Relatório da Controladoria-Geral da União aponta que o prazo médio entre a incorporação e a efetiva entrega do remédio foi de 624 dias. A audiência pública será realizada na próxima terça-feira (24), às 14h30 do horário de Brasília.
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para cada ano do triênio 2023-2025, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou a incidência de 73.610 casos novos no país.
A estimativa representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres. O câncer de mama é uma doença rara em mulheres jovens. Sua incidência aumenta com a idade a maior parte dos casos ocorre a partir dos 50 anos.
Segundo o INCA, homens também desenvolvem câncer de mama, mas estima-se que a incidência nesse grupo represente apenas 1% de todos os casos da doença.
A deputada Silvia Cristina (PL-RO) foi quem pediu o debate. Segundo ela, relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta que o prazo médio entre a data da incorporação do remédio e a efetiva disponibilização para os pacientes foi de 624 dias.
"Corroborando os resultados do relatório da CGU, temos o exemplo dos inibidores para o tratamento de câncer de mama metastático, que deveriam estar disponíveis às pacientes do SUS a partir de 7 de junho deste ano, mas não estão", informa Silvia Cristina.