Por redação
Os sul-mato-grossenses devem ficar atentos às altas temperaturas nesta semana. É o que prevê novo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As temperaturas podem ficar até 5ºC acima da média esperada para o período.
Conforme o Inmet, os altos registros nos termômetros podem durar entre três a cinco dias. O alerta é válido desta terça-feira (17) até o próximo sábado (21).
De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), este cenário de instabilidade ocorre devido ao aquecimento diurno, transporte de umidade e uma área de baixa pressão que se forma na Argentina. As mínimas no Estado ficam entre 23°C e 25°C, podendo ter máxima de até 42°C.
Ontem (16), Porto Murtinho registrou 42ºC, a maior temperatura do país. No sábado (14), também liderou o ranking de cidades mais quentes do Brasil. Corumbá, por sua vez, pode registrar 40ºC.
Referência em meteorologia no estado, Natalio Abraão alerta para os cuidados à saúde que devem ser redobrados neste tempo seco e quente. Conforme o meteorologista, é importante ingerir bastante água, evitar exposição direta ao sol por mais de 2h, utilizar protetor solar com FPS acima de 30, bem como roupas e acessórios que protejam do sol.
Para quem tem problemas respiratórios, como rinite e sinusite, a dica é hidratar bem as narinas. "Uso de ar condicionado até duas horas da tarde e, depois, abrir e ventilação natural. Para escolas, a tarde, evitem exposição das crianças ao sol", orienta o especialista.
Além do calor, o estado também pode ter pancadas de chuvas isoladas. Outros estados também recebem alerta da onda de calor, como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Espírito Santo, Rio De Janeiro e Pará.
Calor em setembro
No mês de setembro, a América do Sul registrou altas temperaturas em diversas regiões. De acordo com o relatório da rede científica World Weather Attribution (WWA), o aquecimento global é o principal impulsionador da recente onda de calor que atingiu o continente. No Brasil, os termômetros marcaram 40ºC no centro-oeste e norte do país.
A WWA afirmou que, mesmo com uma contribuição marginal do fenômeno El Niño, as mudanças climáticas, alimentadas pela queima de combustíveis fósseis, aumentou a probabilidade da ocorrência de temperaturas mais altas durante o início da primavera. As atividades humanas colaboram para a intensificação das ondas de calor.