Por redação
A mineiração em Mato Grosso do Sul busca uma nova aliada: a sustentabilidade. O setor busca reduzir os impactos ambientais e sociais associados à extração de recursos naturais. Isso, junto à criação de novos postos de emprego.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o estado tem 165 empresas ligadas ao setor extrativista mineral, distribuídas em 10 municípios - Corumbá, Ladário, Bela Vista, Terenos, Três Lagoas, Campo Grande, Itaporã, Bodoquena, Paraíso das Águas e Miranda.
A secretaria informou que, após os trágicos acidentes de Minas Gerais, as empresas de mineração estão buscando alternativas à tradicional barragem de rejeitos, e a tecnologia de filtragem e empilhamento a seco está emergindo como a solução do futuro.
A mineiração verde se concentra em práticas mais responsáveis e ecologicamente corretas, visando a conservação dos recursos naturais e o bem-estar das comunidades impactadas. Entre alguns aspectos importantes relacionados à mineração verde e sustentável: tecnologias mais limpas, eficiência energéticas, reabilitação de áreas mineradas e envolvimento com a comunidade.
Este método inovador envolve a extração do excesso de água dos rejeitos, permitindo a formação de um material seco que pode ser empilhado ou disposto de maneira segura. Isso elimina a necessidade de grandes barragens, reduzindo significativamente o risco de acidentes catastróficos.
Outro ponto que o setor tenta impactar é o mercado de trabalho. O município de Corumbá, por exemplo, aumentou a oferta de trabalho na mineração. A MCR Mineração (J&F Mineração) tinha 600 funcionários e já contratou mais 1.000 trabalhadores este ano. A MPP Mineração, informou a contratação de mais 250 trabalhadores nas mais diversas áreas.
Até o final de 2024, deverão ser mais 1.200 vagas diretas abertas, informou o Coordenador da Mineração da Semadesc e Presidente do CETER-MS (Conselho Estadual do Trabalho do MS), Eduardo Pereira.
