Por Wendell Reis | InvestigaMS
Com problemas internos no Município, o diretório estadual do PSDB decidiu nomear Paulo André de Araújo para a presidência do partido em Corumbá. Ele era presidente antes de o partido destituí-lo, mas voltou ao cargo por falta de acordo entre lideranças.
A reportagem já havia antecipado que ele assumiria, mas lideranças locais tentaram assumir o posto, sem sucesso. O prefeito Marcelo Iunes, que pretende eleger o sucessor em Corumbá, tentou reivindicar a presidência, mas não conseguiu.
Iunes vive uma disputa interna no PSDB, tendo como rivais a ex-deputada federal Bia Cavassa e o vereador Luciano Costa. Bia chegou a ser cotada para presidência, mas Iunes ameaçou deixar o partido. Bia e Luciano articulam candidatura de oposição a Iunes, em aliança com Paulo Duarte (PSB), Dr. Gabriel (sem partido) e Chicão Viana (PSD).
Para não antecipar a briga, que deve acontecer mais pra frente, o diretório resolveu nomear alguém mais neutro. Todavia, a escolha de Paulo André pode dificultar a vida de Iunes, visto que ele já foi diretor dele na Agência Municipal de Transporte e Trânsito, mas saiu do cargo.
A situação do PSDB em Corumbá é diferente de Campo Grande, por exemplo, onde o partido será comandado pelo pré-candidato tucano, deputado federal Beto Pereira. Na linha natural, com a prefeitura nas mãos, Iunes assumiria o comando do partido. Todavia, o escolhido para sua sucessão, Luiz Antônio Pardal, não aparece bem na pesquisa, que ainda aponta uma rejeição de 48% para a atual gestão.
Pesquisa
Pesquisa do Instituto Ranking, divulgada nesta semana, mostrou Dr. Gabriel (sem partido) na liderança, com 21% das intenções de voto (5% a mais que no levantamento anterior), seguido por Bia Cavassa (PSDB), com 17,2%, (4,2% a mais); e Luciano Costa (PSDB), com 15 (3,6 pontos percentuais a mais do que na anterior).
Depois aparecem Delcídio do Amaral (PTB), com 5,4; Luiz Pardal, com 5%, (um ponto percentual a menos que na anterior); Evander Vendramini (PP), com 2,2%; Corumbá do PT, com 2; Bira, com 0,8%, (1,2 ponto percentual a menos); e Bruno Migueis, com 0,6%. Neste cenário, 30,8% dos entrevistados não sabem ou não responderam.
Segundo a pesquisa, 48% dos entrevistados consideram a gestão de Marcelo Iunes ruim ou péssima. O número é 7,4% maior que a pesquisa de junho, quando 40,6% avaliaram a gestão como ruim ou péssima.
A gestão é avaliada como regular para 30,8% (4,2% a menos que na pesquisa anterior) e boa ou ótima para 16,6% da população (1,4% a menos que na pesquisa anterior). Neste questionário, 4,6% disseram que não sabem ou não responderam.
O instituto ouviu mil moradores entre os dias 28 e 29 de setembro de 2023. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 3%, para mais ou para menos.
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