Por redação
Cientistas descobriram, em Minas Gerais, uma nova espécie de bromélia, que apresenta uma característica incomum para a espécie. A planta tem as folhas cheias de pelos. A descoberta foi possível graças a ajuda de um morador da região.
A planta atraiu a atenção do residente de Alvarenga, que compartilhou fotos com os pesquisadores. A bromélia-peluda é uma variedade diferente de outras espécies da mesma família. O curioso fato levou os cientistas a desacreditarem que se tratava de uma bromeliácea.
A espécie só tem registros conhecidos em uma montanha da região do Vale do Rio Doce. Devido à sua distribuição restrita e o avançado grau de degradação da área, a nova espécie já é classificada como criticamente em perigo de extinção.
A descoberta aconteceu no município de Alvarenga, no leste de Minas Gerais, e teve um início inesperado, quando Júlio César, morador da região, explorava uma área com muitas cachoeiras. Em um paredão rochoso, ele se deparou com pequenas plantas de folhas verdes pálidas e, entre as folhas, surgia uma pequena flor de cor rosa.
Os pesquisadores publicaram a descoberta na revista científica Phytotaxa. O artigo tem como autores pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA).
Um fato curioso sobre a nova espécie é quanto a nomenclatura, Krenakanthus ribeiranus . O epíteto dessa nova espécie, ribeiranus, é uma homenagem ao seu descobridor, o jovem Júlio César Ribeiro.