Por redação
Um estudo feito na Universidade British Columbia, no Canadá, acende alerta sobre uso indevido de medicamentos para funções estéticas. Isso porque pesquisadores apontam evidências de que o Ozempic e Saxenda, usados para tratamento de diabetes tipo 2 e que se popularizou como "aliado" à perda de peso, pode aumentar o risco do quadro conhecido como paralisia estomacal.
Conforme divulgado no Journal of the American Medical Association (Jama), o estudo também revela que pacientes com diabetes tipo 2 podem desenvolver pancreatite e obstrução do intestino. Segundo os pesquisadores, os pacientes com a doença alvo do medicamento apresentam maior propensão a desenvolver outros problemas, como os já citado.
Dessa forma, os riscos para as pessoas que usam os medicamentos agonistas do GLP-1 para perda de peso podem "ser diferentes". O estudo analisou amostras de 16 milhões de pacientes dos Estados Unidos registrados entre 2006 e 2020 no banco de dados PharMetrics Plus.
O objetivo foi comparar o resultado de pacientes que receberam prescrição de Ozempic, Saxenda ou outro medicamento desse tipo, para perda de peso com indicações de bupopriona-naltexone para a mesma finalidade.
O uso dos medicamentos agonistas do GLP-1 para perda de peso se popularizaram entre o mundo das celebridades. Algumas personalidades, como a tik toker Remi Bader e a comediante Chelsea Handler, admitiram publicamente o emagrecimento com o Ozempic. O bilionário Elon Musk também confessou utilizar o medicamento.
A tik toker Baber recebeu a prescrição para tomar Ozempic quando se tornou pré-diabética. A artista emagreceu enquanto estava tomando o medicamento, mas disse que, quando parou, recuperou o dobro do peso que havia perdido. “Minha compulsão piorou muito, então eu meio que culpo Ozempic. Ganhei o dobro do peso depois”, disse ela ao podcast Not Skinny but Not Fat, em janeiro.
Outro estudo referente aos medicamentos foi realizado em julho deste ano, pela União Europeia, por possivelmente causar pensamentos suicidas.
Conforme a Forbes Brasil, um estudo clínico de fase três do Saxenda descobriu que pensamentos suicidas eram um dos efeitos colaterais mais graves da droga – outros efeitos colaterais graves incluem insuficiência renal, pancreatite e doença da vesícula biliar.