Por redação
A rede de livrarias Saraiva comunicou nesta quarta-feira (4) que protocolou o pedido de falência na Comarca da Capital do Estado de São Paulo. Foram mais de 109 anos de funcionamento ao redor do país. Em Campo Grande, a última loja fechou as portas há cerca de 1 mês.
No mês passado, a rede demitiu milhares de funcionários e encerrou todas as atividades nas lojas físicas do país. As vendas, contudo, continuaram online. Agora, nem isso.
A Saraiva estava em recuperação há cinco anos, desde 2018, quando apresentava dívidas de R$ 675 milhões. No segundo trimestre deste ano, a empresa atingiu R$ 11 milhões de prejuízo operacional, 16% superior ao registrado em 2023.
Ainda em setembro, o então presidente e diretor de relações com investidores da companhia, Jorge Saraiva Neto e o vice-presidente Oscar Pessoa Filho renunciaram aos seus cargos. A Saraiva foi fundada em 1914 por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva.
A empresa também declarou que a RSM Brasil Auditores Independentes não está mais realizando serviços de auditoria para ela.
Quando pede autofalência, a empresa deliberadamente busca a falência ou insolvência, geralmente como parte de um plano estratégico para liquidar ativos, evitar dívidas ou reestruturar seu negócio. Isso pode envolver a venda de ativos, a declaração de falência, ou outras estratégias destinadas a encerrar as operações de forma controlada.