Cinco veterinários do Ibama são enviados ao Amazonas para atender botos em meio a emergência ambiental

Mais de 140 botos e tucuxis foram encontrados mortos no Lago Tefé

04/10/2023 00h00 - Atualizado em 05/10/2023 às 16h26

Por redação

O Amazonas está passando por uma emergência ambiental envolvendo a fauna do Lago Tefé. Até o último levantamento, realizado ontem (4), foram registrados mais de 140 casos de botos e tucuxis encontrados mortos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) mobilizou uma equipe de cinco veterinários especializados em reabilitação de animais silvestres para auxiliar nos esforços de atendimento aos botos. A equipe do Centro de Triagem do Ibama aterrissou na região hoje (5) e unirá forças com outros órgãos já envolvidos na resposta à emergência ambiental.

Um comando de incidentes foi instalado em Tefé, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio de diversas organizações, entre elas o Instituto Mamirauá e o Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPAAM).

As ações estão concentradas no monitoramento dos indivíduos vivos e recolhimento e necrópsia das carcaças, além de coleta de amostras para análise das possíveis causas do incidente e outras variáveis ambientais. "Cabe destacar que protocolos sanitários têm sido adotados para a destinação das carcaças. Alguns animais estão feridos pelas lâminas dos barcos a motor, pois não há profundidade para mergulharem o suficiente para escapar das hélices. O ICMBio segue reforçando as ações para proteger as espécies", informou o órgão ambiental.

Também está sendo realizado diariamente o monitoramento da temperatura da água, que ultrapassa 39º graus em alguns pontos do lago. A água muito quente pode reduzir o oxigênio dissolvido e, ao mesmo tempo aumentar a taxa respiratória dos peixes, que afeta o metabolismo e provoca morte por asfixia.

O ICMBio informou que a capitania dos Portos de Tefé está apoiando na fiscalização, ordenamento e desobstrução do lago para facilitar a passagem dos animais em busca de trechos mais profundos e evitar o agravamento da crise. De acordo com o instituto, outro incidente está sendo acompanhado em Alto Juruá, envolvendo uma grande mortandade de peixes.


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