Por Wendell Reis | InvestigaMS
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que queria consenso para o nome dele na disputa em Dourados, acabou conseguindo a antipatia de pretensos aliados, após dizer que o Município de Dourados tem dedo podre para escolher prefeito.
O deputado disse, em entrevista ao Correio do Estado, que só seria candidato se houvesse um consenso entre as principais lideranças em torno do nome dele. O que já era difícil, ficou impossível depois que os deputados ficaram sabendo das críticas.
O deputado estadual Neno Razuk (PL), filho da ex-prefeita Délia Razuk, que venceu Geraldo na eleição em Dourados, foi o primeiro a se manifestar, dizendo que Geraldo tinha o cérebro podre, em referência ao dedo podre apontado pelo deputado federal.
“O Geraldo Resende vem falando um monte de asneira. A população ficou feliz que saiu de lá. Está senil, tem que deixar de ser deputado, assim como deixou Dourados. A População agradece que ele foi embora de Dourados”, criticou.
O deputado Renato Câmara (MDB) também usou a tribuna para rebater Geraldo, afirmando que ele é um deputado que trabalha muito, mas não serviria para ser prefeito. “Tudo aquilo que ele tem feito, cobra depois em voto, achando que as pessoas têm obrigação, sendo que a principal ação e atitude de um político é ter o ouvido aberto… Uma pessoa que não consegue sentar para ouvir, não tem o primeiro atributo de um prefeito”, declarou.
Até colega de partido de Geraldo, deputado estadual Zé Teixeira (PSDB), usou a tribuna para rebater a entrevista, afirmando que o colega de partido deve estar com algum problema, citando falas exageradas em diversas ocasiões.
“Fez críticas ferrenhas ao que o ex-presidente Jair Bolsonaro falava, mas ele se equipara ao ex-presidente, porque nunca ouvi falar tanta asneira e besteira como o Geraldo tem falado”, avaliou.
Geraldo disputa a preferência do PSDB para a candidatura em Dourados com os deputados Zé Teixeira e Lia Nogueira. Além disso, tem como possíveis adversários Marçal Filho (PP), convidado por Zé Teixeira para se filiar ao PSDB, e o vice-governador Barbosinha, convidado por ele mesmo para se filiar ao PSDB.
Geraldo fez o convite a Barbosinha como uma espécie de troco em Zé Teixeira, após intermediar a volta de Marçal. Os dois deputados também rivalizam pelo comando do partido em Dourados, decisão que tem provocado dor de cabeça no diretório estadual, comandado por Reinaldo Azambuja.
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