Horário de verão em 2023 é descartado por Ministro de Minas e Energia

Alexandre Silveira declarou que a volta do horário de verão não é essencial e que medida só deve ser adotada se houver necessidade

26/09/2023 00h00 - Atualizado em 01/10/2023 às 13h14

Por redação

Alexandre Silveira (PSD), atual ministro de Minas e Energia, declarou na última quarta-feira (27) que o horário de verão não deve ser retomado em 2023, devido as boas condições de armazenamento de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Medida só deve ser adotada se houver "evidências de necessidade".

Silveira declarou que, por enquanto, não existem sinais que seja necessário a retomada, mas não descarta a medida. "É importante que nós, o tempo todo, nos mantenhamos precavidos sobre a afirmação de que vai ou não vai acontecer. O horário de verão ele só acontecerá, é evidente, se tiver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor energético brasileiro", declarou.

A área técnica do Ministério de Minas e Energia avalia não ser necessário retomar o horário de verão este ano. Contudo, a decisão não cabe apenas ao ministério. Na prática, é o Palácio do Planalto que reúne as informações técnicas e as pressões políticas e, se for o caso, edita um decreto sobre o horário de verão.

A avaliação é que a situação dos reservatórios e a oferta de fontes renováveis são suficientes para garantir o fornecimento de energia. Além disso, entendem que o comportamento de consumo mudou ao longo do tempo, tornando a medida menos eficaz.

O horário de verão está suspenso desde 2019, por decreto assinado no governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o governo afirmou que o adiantamento dos relógios em uma hora perdeu a "razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico" por conta de mudanças no padrão de consumo e de avanços tecnológicos, que alteraram o pico de consumo de energia.

Setor de bares e restaurantes contesta

Na última semana, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informou que enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o retorno do horário de verão. O documento também foi enviado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e ao ministro do Turismo, Celso Sabino.

A Abrasel afirma que o horário de verão gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com alta estimada de 10% a 15%.


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