Por Victória Bissaco
Há dois dias, estudantes, professores e servidores de todos os campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) estão sem acesso aos sites e sistemas informáticos da instituição. No domingo (24), um ataque hacker mobilizou a equipe da Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Agetic) a retirar do ar os sistemas.
A UFMS informou que tentativas de ataques hackers em Instituições Federais de Ensino Superior e de Pesquisa são registradas há dias. "Os ataques, em geral, deixam sites oficiais fora do ar e realizam a interceptação de dados e informações sigilosas", pontuaram em nota.
O ataque mais severo à UFMS foi registrado no último domingo, quando foi registrado um possível incidente de segurança nos servidores que armazenam os sistemas institucionais e as senhas das contas de e-mails e drives institucionais. A Agetic, então, retirou do ar todos os sistemas computacionais e serviços digitais.
O estudante de Jornalismo, Helder Carvalho contou que a desativação temporária dos sistemas prejudicou os estudantes. Segundo Carvalho, muitos professores optaram por manter as aulas, mesmo sem a internet via Wi-Fi na Universidade.
"No curso de jornalismo, que estamos diretamente ligado a qualquer plataforma, fomos prejudicados ainda mais. Ontem, tivemos metade de uma aula pois o restante seria de correção de texto e utilizamos a internet, e servidor da UFMS para essas correções, o que causou um atraso em nossas atividades". Hoje, explicou o estudante, uma disciplina ligada à rádio local teve que ser adiada.
Os ataques hackers às universidades possuem como foco descobrir um usuário com senha fraca, comprometendo a conta do usuário e almejando privilégios para burlar a segurança e conseguir derrubar todos serviços e obter informações privilegiadas.
Em nota, a UFMS esclareceu que a previsão de retorno é de três dias. "A Agetic trabalha para viabilizar a restauração dos sistemas e serviços de tecnologia com segurança e confiabilidade, além dos dados e documentos de toda a Comunidade Universitária, com previsão de retorno do backup em 72 horas a partir das possíveis invasões".
Para Helder Carvalho, o sentimento é de injustiça. "Mesmo com o prazo, não tem indícios que tudo retorne ao normal. É completamente frustrante ser prejudicado por um falha na segurança de dados. Espero que tudo se resolva logo e possamos correr atras do prejuízo que nos foi causados em algumas disciplinas".
