Por redação
Durante reunião nesta quinta-feira (21) com o Setorial de Combate ao Racismo, a professora Drª. Eugênia Portela abdicou de concorrer à candidatura à Prefeitura de Campo Grande. Ela decidiu apoiar a professora Bartolina Catanante, outra indicada pelo grupo.
“Entendo que o PT possui momento favorável para a condução da campanha até 2024, e que o movimento da candidatura de duas mulheres negras no partido provocou debates internos com a executiva e os parlamentares, que a exemplo de toda sociedade necessitam de letramento racial. É pedagógico esse debate para compreenderem que o racismo é estrutural prejudica a ascensão das mulheres negras, as mais prejudicadas, e com menores oportunidades de ocupar espaço de poder, conforme acompanhamos a luta para que uma mulher negra seja indicada no STF que é majoritariamente branco e masculino”, declarou a professora Eugênia Portela.
A professora pontua que por fruto das lutas de mulheres negras, o Brasil elegeu um número recorde de mulheres declaradas negras na Câmara dos Deputados nas eleições de 2022, com 91 deputadas federais, a maior representação de mulheres pretas ou pardas da história do parlamento brasileiro. Todavia, ressalta que a representatividade ainda é baixa, representando 8% do Congresso, em um País com 56% da população autodeclarada parda ou preta.
Eugênia Portela também falou sobre as demais candidatas. Disse que Giselle Marques tem sido aguerrida e mostra a potência das candidatas mulheres que o PT possui. Já sobre Camila Jara, considerou que ela está fazendo um trabalho brilhante como Deputada Federal e será um bom nome, caso seja escolhida.
Apesar da desistência para prefeitura, a professora diz que estará à disposição do partido para concorrer como vereadora no próximo ano, “na luta para que as mulheres e as candidaturas negras sejam respeitadas no partido, bem como no cumprimento da lei de cotas e financiamento das campanhas”.
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