Por Victória Bissaco
Idosos têm prioridade em redes hospitalares quando o assunto é tratamento para o câncer. Isso é o que prevê o Projeto de Lei 1.067/2022, aprovado nesta quarta-feira (14) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), do Senado Federal. Agora, a proposta segue para análise da Câmara dos Deputados.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), em parceria com a American Cancer Society, aponta que seis a cada 10 brasileiros com câncer são idosos. Além disso, cerca de 70% das mortes pela doença acontecem na população acima dos 60 anos.
O PL aprovado ontem utiliza os dados em questão para justificar a proposta. Ainda, conforme o Projeto de Lei, os idosos têm 11 vezes mais chances de desenvolver câncer do que as pessoas mais jovens. Isso se dá devido ao declínio funcional do organismo à medida que envelhece, com a redução das divisões celulares, o que contribui para desajustes nas estruturas das células e do corpo.
O autor da proposta é o senador Jader Barbalho (MDB-PA). Em 2020, o câncer foi a segunda doença que mais matou no país, com mais de 215 mil óbitos. A primeira foi a Covid-19. A população idosa atingida no período representou 68% das vítimas.
O senador afirma que a doença pode ser tratada, a fim de diminuir o risco de morte. “Ter câncer não significa necessariamente que o idoso irá morrer pela doença, desde que tenha acesso à informação, ao diagnóstico precoce e ao tratamento prioritário e imediato na rede hospitalar".
O PL segue em tramitação e foi encaminhado para Interposição de Recurso, no Senado Federal. Caso não haja recurso, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.