Por Vinícius Reis
Tudo começou a partir de um confronto entre policiais e manifestantes em 28 de junho de 1969. O protesto acontecia em frente do Stonewall Inn, um clube privado, frequentado por pessoas da comunidade no coração do bairro de Greenwich Village, em Nova York, na época em que ser homossexual era crime no país.
Essa data celebra a luta da comunidade LGBTQIAPN+ por mais direitos na sociedade e pela conquista de garantias. Também, é um dia importante para relembrar a importância do combate à homofobia no Brasil e no mundo.
O movimento LGBTQIAPN+ sempre busca lutar pela construção de uma sociedade civil livre de preconceitos. Mesmo com muita diversidade e a comunidade disposta a mostrar o quanto possui força e visibilidade, o Brasil, pelo quarto ano consecutivo, é o país que mais mata pessoa LGBTQIAPN+ de acordo com o Observatório de Mortes e Violência conta LGBTQIA+. O documento é elaborado a partir da parceria de várias organizações sociais, entre elas, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a Acontece Arte e Política LGBTQIAPN+ e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
LINK|-|https://observatoriomorteseviolenciaslgbtibrasil.org/dossie/mortes-lgbt-2020/|-|Observatório de Mortes e Violência conta LGBTQIA+.
Em Mato Grosso do sul, a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBT do estado oferece a toda população LGBTQIAPN+ da capital e do interior o apoio psicossocial, a orientação e os demais encaminhamentos voltados aos direitos da comunidade. Leonardo Bastos, subsecretario da pasta, afirma que as principais queixas relatadas pela comunidade são agressões verbais, ameaças e agressões físicas. Além disso, pontua que a maioria dessas situações ocorrem em ambientes comerciais, de trabalho, situações intrafamiliares ou da própria vizinhança, especialmente em condomínios.
De acordo com Ronaldo Alexandrino, pós doutorando em psicologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), para uma sociedade se livrar do preconceito e combater à homofobia, é necessário que ela entenda suas ações e práticas voltadas a comunidade LGBTQIA+. Ele pontua que, se sair na rua e perguntar a uma pessoa se ela é homofóbica, essa pessoa vai negar, mas as práticas dizem ao contrário. “Enquanto a sociedade não se reconhecer com seus atos, o combate à homofobia vai ser mais lento. Quando você se assume a essa condição, inicia uma desconstrução de si e, portanto, de possibilidade de mudança social”.
Os eventos voltados a cultura LGBTQIAPN+ aumentam a visibilidade do tema e levam a informação a população. O vogue e a arte drag são grandes instrumentos de cidadania e são espaços que valoriza a arte e a vida e da cultura desse segmento. A 19° edição da Parada da Cidadania LGBT e show da diversidade na capital vai acontecer no próximo mês. O evento vai ser realizado no dia 23 de julho, na praça do Rádio Clube, a partir das 14h. O encontro é símbolo de resistência e de informação a toda população campo-grandense.
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