Por Victória Bissaco
A inflação em Campo Grande voltou a subir em agosto, após dois meses de deflação na capital sul-mato-grossense. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou 0,27% mais caro no último mês, impulsionado pela energia elétrica, que registrou alta de 3,6%. Os dados são Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos meses anteriores, junho e julho, o IPCA na capital fechou em queda, de -0,14% e -0,12%, respectivamente. Apesar dos meses em deflação, o Índice acumula alta no ano em Campo Grande, de 3,07%, e nos últimos 12 meses, com 3,98%. No país, a inflação registrada em agosto foi 0,23%.
Em Mato Grosso do Sul, dos nove grupos analisados, oito tiveram alta. A maior, foi registrada na habitação (1,6%), seguida por artigos de residência (0,99%) e saúde e cuidados pessoais (0,97%). O único setor que apresentou queda no índice foi alimentação e bebidas (-1,5%).
Segundo análise do IBGE, a queda do grupo alimentação e bebidas foi impulsionada pelo recuo dos preços da alimentação no domicílio (-2,01%). Destacam-se as quedas da batata-inglesa. repolho, feijão-carioca, cebola, mamão e tomate. No lado das altas, banana - d’água, peixe-pintado e azeite de oliva.
A carne também contribuiu para o recuo. Em Campo Grande, o frango inteiro apresentou queda de 5,98%, as carnes apresentaram queda de 3,59% e o frango em pedaços, de 4,22%. É o quinto mês em que as carnes e o quarto em que o frango em pedaços apontam queda.
No maior setor de alta, além da energia elétrica, o impacto negativo também veio dos subitens tinta (3,53%), condomínio (1,52%) e cimento (0,54%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: gás de botijão (-2,60%), amaciante e alvejante (-2,45%) e saco para lixo (-2,02%).
O grupo Transportes registrou aumento de 0,84% e impacto de 0,18p.p. no índice. O resultado foi influenciado pelo recuo nos preços dos combustíveis (1,52%), por conta do aumento na gasolina (1,41% e impacto de 0,10 p.p.) e do óleo diesel (9,42%).