Brasil é o país da OCDE que menos investe na educação, aponta estudo

Estudo avaliou investimentos no setor entre os anos de 2019 e 2020, com valores muito menores que a média dos outros países

10/09/2023 00h00 - Atualizado em 13/09/2023 às 22h09

Por redação

O relatório Education at a Glance 2023 , lançado nesta terça-feira (12), coloca o Brasil como o país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que menos investiu em educação entre os anos de 2019 e 2020. Os valores são referentes aos investimentos feitos desde o ensino fundamental até a educação superior.

O investimento do Brasil em 2020 foi de US$ 4.306 por estudante, equivalente a cerca de R$ 21,5 mil. A média dos países da OCDE no mesmo período foi de US$ 11.560 por estudante, aproximadamente R$ 57,8 mil.

O estudo reúne dados da educação dos países membros do grupo e de países parceiros, como o Brasil. Enquanto a despesa total da OCDE com a educação cresceu 2,1% entre 2019 e 2020, o gasto total do governo brasileiro com educação diminuiu 10,5%. O relatório aponta que "o financiamento adequado é uma condição prévia para proporcionar uma educação de alta qualidade".

A maioria dos países da OCDE investe entre 3% e 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) no ensino fundamental e médio, chegando a menos 5% do PIB na Colômbia e em Israel. A porcentagem de investimento brasileira não consta desta edição do relatório.

Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deve investir pelo menos 10% do PIB em educação até 2024. Segundo o último relatório de monitoramento da lei, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2022, o investimento brasileiro em educação chegava a 5,5% do PIB, e o investimento público em educação pública, a 5% do PIB.


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